quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Brasil em deficit de US$ 7 bi

Brasil tem deficit de US$ 7 bi na conta corrente de janeiro

Folha de São Paulo

As transações do Brasil com o exterior --como compras e vendas de bens e serviços e transferências de rendas-- registraram deficit de US$ 7,086 bilhões no mês de janeiro -- o maior desde 1947 quando o Banco Central começou a divulgar esse dado. No mesmo período em 2011, o resultado também havia sido negativo em US$ 5,584 bilhões.

O desempenho negativo das transações correntes foi influenciado pelo deficit na balança comercial no mês, quando as importações de produtos superou as exportações brasileiras em US$ 1,292 bilhão
Além disso, a conta de serviços, onde são computadas viagens internacionais, por exemplo, também foi negativa em US$ 3,397 bilhões e o envio de rendas para o exterior --como os lucros de investimentos-- também superou a entrada desses recursos no país em US$ 2,575 bilhões.

As transações correntes foram negativas em US$ 7,1 bilhões o que leva ao um deficit de US$ 54,1 bilhões no acumulado dos últimos doze meses. A dívida é equivalente a 2,17% do PIB.

Em dezembro, o país registrou deficit em transações correntes de US$ 6,04 bilhões. No ano, o deficit atingiu US$ 52,61 bilhões, ante US$ 47,323 bilhões em 2010.

INVESTIMENTOS
A conta que registra a entrada e saída de investimentos, porém, teve saldo positivo em janeiro, compensando o desempenho ruim das transações correntes. O investimento estrangeiro no setor produtivo brasileiro somou US$ 5,433 bilhões em janeiro, contra US$ 2,953 bilhões no mesmo mês em 2011.

Já os investimentos em carteira --em ações e títulos de renda fixa, por exemplo-- somaram US$ 4,932 bilhões, ante US$ 3,33 bilhões em janeiro do ano passado.

RESERVAS
As reservas internacionais atingiram US$ 355,1 bilhões em janeiro de 2012, aumento de US$ 3,1 bilhões em relação ao montante do mês anterior. A receita de remuneração das reservas totalizou US$ 410 milhões, enquanto as demais operações externas, relacionadas principalmente a variações de preços e de paridades, elevaram o estoque em US$ 2,7 bilhões.

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