Do Blog Net 7 Mares [net7mares@gmail.com]
(Inspirado no soneto de Herculano Alencar vide abaixo)
Queria orgulhar-me do meu País,
Amá-lo como tanto amava antes...
Meu Brasil, um gigante entre os gigantes,
Grandeza que me fazia feliz.
Queria voltar a sentir, no peito,
Os sons do hino que me arrebatavam,
E ver que, no verde e amarelo, estavam
A fé e a esperança como preceito.
Queria, mas, já, nem querer, mais posso,
Porque meu país, agora, é um troço
Onde a ambição, a mentira e o cinismo
Dos que governam ignaros e omissos,
Forjam, naqueles, este compromisso:
"No saldo bancário, o meu patriotismo".
Amor carpido sob cumeeiras
de viadutos, céus e ratoeiras,
por onde Deus esconde seus soldados.
Posseiro da pátria
De Herculano Alencar
De Herculano Alencar
Eu amo a minha pátria brasileira,
com um amor calado, cego, surdo...
Amor traído que, apesar de tudo,
fulgura junto as cores da bandeira.
com um amor calado, cego, surdo...
Amor traído que, apesar de tudo,
fulgura junto as cores da bandeira.
Amor que me incorpora nas fileiras
dos renegados do seio materno
e que entrega, ao céu ou ao inferno,
minha gota de sangue derradeira.
dos renegados do seio materno
e que entrega, ao céu ou ao inferno,
minha gota de sangue derradeira.
Eu amo o meu país dessa maneira!
Com esse amor (sem eira e nem beira)
posseiro dos amores deserdados.
Com esse amor (sem eira e nem beira)
posseiro dos amores deserdados.
de viadutos, céus e ratoeiras,
por onde Deus esconde seus soldados.
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