sexta-feira, 4 de março de 2011

Lula e seu amigo Muar Kadafi

Dilma fica com a ONU e salva a pele de Lula

Sérgio Siqueira (*) para o site Sanatório de Noticias

Enquanto, como de hábito, Lula fica diante do espelho entre a cruz e a espada deliberando sobre a arapuca armada por Hugo Chávez indicando-o para ser mediador do conflito entre o genocida Muar Kadafi e o indignado povo líbio, Dilma demonstra uma vez mais que a criatura já não é do criador.

Ela acaba de mandar Rodrigo Beana, porta-voz do governo trombetear que o Brasil apoiará "todas as medidas que forem adotadas no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU)" em relação à Líbia, inclusive ações armadas.

Pronto, se Lula quiser se meter de pato a ganso, ele que corra para o abraço com Muar Kadafi lá em Trípoli, por sua própria conta e risco.

Não se iludam, porém. A posição de Dilma é, uma vez mais, de proteger o Cara que ainda não desencarnou da presidência.

Olha só do quê Dilma está livrando Lula. Ele que se meta a ir até lá dizer que é amigo e irmão de Kadafi...

Com o anúncio ela escancarou uma enorme desculpa para Lula não ir ao seu batismo de fogo. Ele pode dizer agora aos seus dois beligerantes amigos, irmãos e líderes que não vai à luta porque não deve contrariar as vontades da primeira-presidenta do seu próprio país. Pegaria mal.

Assim é que, ao ficar com a ONU, Dilma salvou uma vez mais a pele de Lula, um contumaz trapalhão também em matéria de relações internacionais.

Ficando com os fundilhos presos na cadeira de seu instituto que ainda não saiu do papel, ele não bate de frente com o Conselho de Segurança das Nações Unidas - que já está tratando do assunto e não precisa da proposta do maluco bolivariano; não corre o risco de ser alvejado por uma bala perdida, nem de levar uma pauleira como seu irmão Kadafi está levando dos rebeldes onde quer que meta as fuças; e o melhor de tudo, não se queima com Kadafi e nem desobedece Hugo Chávez.

Taí ó, Dilma acaba de salvar Lula. E de mostrar quem é que manda nessa joça aqui. Em todo caso, Lula pode surpreender. Não por um ato de bravura; mas de puro narcisismo... Como resistir a uma vitrine como essa?!?

(*) Jornalista gaúcho de há muito radicado em Brasília

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