Gilberto Dimenstein (*)
Essa é a pergunta que muitos cientistas se fizeram quando as duas mais renomadas universidades do mundo (MIT e Harvard) se juntaram para desenvolver o mais sofisticado centro de pesquisa contra o câncer de que se tem notícia, inaugurado neste mês.
Não se sabe a resposta a essa pergunta, claro. Mas se houver uma vacina ou algum tratamento revolucionário, provavelmente aquele centro, batizado de David Koch, estará envolvido (o detalhamento está no www.catracalivre.com.br).
Instalado no campus do MIT, a novidade é que reuniram num mesmo prédio os mais diferentes tipos de pesquisadores em oncologia, química, biologia com engenheiros. Dessa mistura imagina-se que seria mais fácil encontrar novo remédios --os engenheiros podem, por exemplo, desenvolver ínfimos chips, invisíveis aos olhos, injetados no corpo para lutar contra os tumores.
Desse núcleo, estão montando consórcios de pesquisa pelo mundo, criando-se uma malha planetária de pesquisas, mantidos com dinheiro público e privado.
Uma lição aqui vai além da medicina: se as universidades não quebrarem barreiras de seus departamentos e criarem espaços para criações coletivas, juntando as mais diversas especialidades, elas ficarão rapidamente obsoletas.
(*) Jornalista, membro do Conselho Editorial da Folha de São Paulo e Colunista da Folha de São Paulo
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