Viveiro cítrico recebe certificado mundial de qualidade
Muito do aumento da produtividade dos pomares se deve ao avanço tecnológico.
Uma prova disso é o primeiro viveiro cítrico do Brasil, em Ipeúna, que agora está com ISO 9001.
É a primeira vez que uma empresa brasileira de mudas de citrus recebe o título mundial de certificação de qualidade.
As normas do viveiro são controladas antes mesmo de passar pelo portão.
O diretor da empresa, César Grof, conta que a moradia de cada funcionário é controlada.
“Nossos funcionários não podem ter nenhum tipo de planta cítrica em casa e não podem trazer nada para a produção de casa, como qualquer fruta cítrica ou outro alimento que possa trazer algum tipo de problema para a produção”
A empresa está no setor desde 1998. Em 40 mil m² de estufa, produz mais de oito milhões de mudas, borbulhas e porta-enxertos ao ano.
Para garantir o isolamento das mudas, além da desinfecção dos veículos, que já é conhecida, os visitantes seguem normas rígidas. Na entrada, é obrigatório desinfetar mãos e pés. Os funcionários têm um vestiário onde trocam de roupa antes do trabalho e também passam pela desinfecção.
Antes de entrar no viveiro, todos os visitantes têm que entrar no vestiário e deixar lá os objetos pessoais, como roupas, calçados, relógios e celulares.
Depois, deve-se entrar no banho e vestir uma roupa da empresa, que é composta por macacão, bota, camiseta e proteção para os cabelos.
Por fim, é necessário passar mais uma vez por um produt o para desinfetar.
As estufas são de tela antiafídeos, uma espécie de plástico denso que resiste à radiação UV. O piso cimentado mantém o ambiente mais limpo.
As mudas são rastreadas desde a germinação para manter o padrão de qualidade ISO. Todos os funcionários passam por treinamento.
Apesar do investimento, as mudas certificadas não ficarão mais caras.
O diretor da empresa César Grof ressalta que não pretende ganhar o mercado internacional.
O objetivo é garantir a saúde da planta aos produtores brasileiros. “Atualmente, nós vivemos na citricultura o pior problema em relação a pragas e doenças, que é a incidência do greening. Então, com o sistema de gestão da ISSO 9001, nós procuramos uma muda de melhor qualidade com todas as características genéticas, de produti vidade, de sanidade e, principalmente, livre dessa doença”, diz o diretor.
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