domingo, 13 de março de 2011

A safra é nova, mas o Porto o mesmo

Filas de carretas, segurança e velocidade de embarque continuam sendo as grandes preocupações do setor do agronegócio; Appa promete investimento na ordem de R$ 1,1 bi. Curitiba - Com 75 anos de história, o Porto de Paranaguá voltou a a enfrentar dificuldades para o escoamento da safra deste ano.

As grandes preocupações de caminhoneiros e do setor de agronegócio são com filas de carretas ao longo da BR-277, segurança e a velocidade de embarque.

O consenso é de que, apesar da conclusão da dragagem dos berços de atracação, a estrutura geral continua a mesma. Há também a dúvida se a logística do cronograma de chegada de caminhões irá fu ncionar 100%.
Além disso tudo, a espera dos caminhoneiros para o desembarque leva a aumento do frete. Outro pedido é para que haja aumento da capacidade de armazenagem do porto. ''Vamos ter muita fila de caminhão e de navio. Tivemos uma boa safra e os preços dos produtos estão bons'', disse o assessor técnico-econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo.

Além disso, ele destacou que cerca de 25% a 30% dos produtores negociaram a safra por antecipação e isso deve fazer esses agricultores terem pressa em embarcar os produtos.
Outro entrave para o escoamento, segundo ele, são os shiploaders (equipamentos carregadores que levam as cargas aos navios) que são obsoletos e, por isso, trabalham abaixo da capacidade.
''A infraestrutura do porto é a mesma apesar da dragagem que foi feita nos berços de atracação'', disse.

Ele defende que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) enfatize a Ordem de Serviço 001/2006 que regulamenta o uso do pátio de triagem. Com isso, o caminhão não entra no porto se não estiver com navio nomeado e com o terminal no qual vai descarregar determinado. ''Queremos que a Ordem de Serviço seja republicada'', destacou. ''Vamos ter dificuldades. Nos últimos oito anos o porto ficou paralisado em termos de gestão'', disse o consultor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet.
Segundo ele, o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) chamou a atenção da Appa para aumentar a velocidade operacional.
''O cais virou estacionamento de navio. Não adianta só aumentar a extensão do cais. É preciso elevar a velocidade operacional'', afir mou.

O superintendente da Cotriguaçu Cooperativa Central de Cascavel, Cândido Takashiba, disse que os problemas podem ser minimizados com a dragagem dos berços de atracação. Além disso, a operação também é prejudicada com as chuvas.
A cooperativa pretende exportar 2,5 milhões de toneladas de soja, farelo de soja, milho e trigo, um aumento de 5% em relação a 2010. Para o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar), Luiz Anselmo Trombini, o grande problema são as filas.

A demora para o desembarque leva a aumento do frete e pagamento de mais diárias para os motoristas. Hoje, a diária dos caminhoneiros é R$ 1 por hora e por tonelada.''O porto ficou muito tempo sem investimento e a dragagem foi realizada depois de m uita briga'', destacou.
Ele defende o aumento da capacidade de armazenagem do porto e a melhora da logística de entrada e saída dos navios. A Federação representa cerca de 16 mil empresas no Estado. 

Nota do Blog: E Santarém com porto na porta e em condições de aliviar parte dessa carga que é embarcada por Paranaguá oriunda do Mato Grosso, continua parado, oscioso, com projetos que mal saem do papel e com um argumento essencial que é o barateamento do frete. Mas, tudo isso, não atrai nossos dirigentes politicos poara que agilizem e coloquem em prática os discursos ou ainda os tais planos ....

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