Fonte Safras/
A empresa Bom Futuro Piscicultura participará nos dias 25 a 28 de agosto, do II Congresso Brasileiro de Produção de Peixes Nativos de Água Doce e o I Encontro Mato-grossense de Aqüicultura, em Cuiabá. O evento será realizado no Centro de Eventos do Pantanal.
A BF Piscicultura pertence ao Grupo Bom Futuro, que atua em Mato Grosso no mercado agricultura e pecuária a mais de 25 anos e desde 2005 possui criação de peixes de água doce.
No congresso, a BF Piscicultura irá expor, através de um estande montado no evento, várias espécies de peixes e alevinos que produz em Mato Grosso. A empresa possui duas unidades, uma na Fazenda Filadélfia (Campo Verde - MT) e outra na Fazenda Cocal (Canarana - MT) juntas ocupam uma área de 130 hectares. Com uma produtividade de aproximadamente 14 toneladas por ha/ano a Piscicultura BF trabalha na reprodução, comercialização e entrega de peixes adultos e também alevinos. Com um mercado consumor localizado principalmente no estado de Mato Grosso atendendo grandes redes de supermercados, restaurantes e pesque-pagues. Nos próximos meses, após receber o credenciamento no Serviço de Inspeção Federal (SIF), a Piscicultura BF começará a abastecer o mercado nacional.
Com a criação de Matrinxã, Pacu, Peraputanga, Tambaqui, Pintado e Tilápia foi possível, através de cruzamentos de espécies de bacias hidrográficas diferentes, o desenvolvimento de peixes híbridos como o Tambatinga, Tambacú e o Jundiá Amazônico. Os peixes híbridos são desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e homologados pelos órgãos ambientais de âmbito estadual e federal. O cruzamento de espécies permite um ganho de peso mais rápido, precocidade, aumento na qualidade da carne, aceitação da ração com proteína vegetal, domesticação do peixe sem causar variação de sabor.
Atualmente a BF Piscicultura produz alevinos para venda e engorda. Para o técnico em piscicultura, Alcacir Angeli com a produção própria de alevinos houve um salto de qualidade. “Hoje os peixes chegam ao ponto de abate com até 10 meses”, explica Alcacir. Os alevinos são divididos em escalas 1 (3 a 5cm), 2 (5 a 8cm), 3 (8 a 12cm) e juvenil acima de 12cm. Com 30 dias de vida os alevinos estão prontos para a venda e aos 60 dias vão para engorda.
Nos últimos quatro anos o Grupo BF investiu mais de R$ 3 milhões na atividade de piscicultura. Nesse período foram investidos recursos na construção de no vos tanques, treinamento de mão de obra especializada, melhoramento da água e seleção de matrizes. De acordo com o engenheiro agrônomo, especialista em reprodução de peixes, Darwin de Moraes é preciso dar atenção especial a água dos tanques. “No caso especial da região de Campo Verde a água é muito acida, é preciso aplicação de calcário para regular o teor de Ph”, explica Darwin Moraes. O Ph é a expressão usada para falar do grau de alcalinidade ou acidez de um líquido. A renovação da água dos tanques é feita em média a cada 10 a 12 meses. A média de densidade populacional dos tanques é de um peixe por metro cúbico.
O Brasil tem uma demanda reprimida de consumo de peixe de 2 milhões de toneladas. O país apresenta ainda apresenta um baixo cons umo percapito desse tipo de carne, quando se comparado a outros paises, a exemplo o Japão, que cada habitante consome cerca de 70 quilos por ano. Segundo o responsável pela BF Piscicultura, João Manoel Lavado, a meta da empresa é produzir 1700 toneladas de peixes adultos anualmente e assim atender cada vez mais o mercado consumidor, que por motivos culturais e econômicos, consome outro tipo carne animal. “Hoje o Brasil tem um consumo apenas de 7 quilos por habitante anualmente. O nosso objetivo é democratizar o consumo de peixe, com o uso da tecnologia, oferecer um produto de qualidade com um preço acessível para um mercado consumidor crescente”, afirma João Lavado.
A gestora de piscicultura do Grupo BF, Aline Bortoli explica que com o passar dos anos o Grupo vem adquirindo experiência e conhecimento na criação de peixes e partir do próximo ano vai investir no bene ficiamento do peixe, através da construção de um frigorífico com a capacidade de abate de sete toneladas por dia. Com o beneficiamento a empresa pretende aumentar o valor agregado do produto e com isso atingir novos mercados consumidores. As informações são de assessoria de imprensa. A Bom Futuro Piscicultura acredita que desenvolver sua atividade econômica atendendo as necessidades da geração atual, sem comprometer as gerações futuras, através do uso racional dos recursos naturais, reciclagem, ética e cidadania é o melhor caminho que todas as empresas deveriam seguir.
(apenas um pitaco do blogueiro - temos muito mais condições que o MT em montar e produzir em alta escala principalmente por causa da nossa agua, mas somos ineficiêntes porque ainda travamos um enorme braço de ferro com produção de soja local haja visto ser o mais importante ingrediente para produção de uma ração balanceada com proteina necessária ao desenvolvimento dos peixes. Tendo produção teriamos condições de montar uma indústria de rações que daria vazão a criação de muitos mais tanques nas inúmeras comunidades que cercam Santarém. Sendo 65% dos custos do tanque em alimentação não temos nenhuma chance de sobrevida desse tipo de cultura abastecendo os tanques com ração produzida fora do Estado gerando um custo de R$ 1,30 a mais o kg para uma ração que fosse produzida localmente. Fica a info)
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