Jovens brasileiros: jogando videogame e cabulando prova
Marco Antonio Araújo (*) do Blog O provocador
Em um país de analfabetos funcionais, nada mais esclarecedor do que o protagonismo do Brasil na criação e consumo de videogames. Os números são impressionantes para uma nação que precisa importar médicos e engenheiros: a sexta edição do Brasil Game Show, que se realiza em São Paulo, dobrou de tamanho em relação a 2012 e promete receber mais de 150 mil visitantes. Estudar que é bom ninguém quer, mas não falta gente desocupada para ficar horas diante uma telinha simulando matanças, partidas de futebol e todo tipo de sociopatia presente nos jogos de “ação e aventura”s.
Enquanto o mundo enfrenta retração nesse mercado, já faturamos mais do que Reino Unido, Alemanha e Espanha, graças a consumidores ferozes e dispostos a, por exemplo, pagar R$ 4 mil por um PlayStation. Ano passado, o faturamento brasileiro no setor cresceu 127% — enquanto no restante do planeta houve recuo de 25%. Só a pequena França tem jovens zumbis mais viciados que os nossos. Detalhe: o preço médio de um videogame no Brasil é de 345 euros (R$ 1.048,50). Na França, o valor cai para 208 euros. É pra quem pode, não?
O mais apavorante é saber o quanto os pais apoiam e financiam esse ócio extremamente lucrativo para essa indústria que já teve entre seus expoentes o filho do ex-presidente Lula (com sua famigerada Gamecorp, aquela que recebeu um aporte de R$ 5 milhões da antiga Telemar — numa negociação considerado legítima depois de investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, é bom frisar). Deve ser coincidência.
Brasileiro adora um videogame, seja no computador, no console ou até na telinha do celular. Deve ser por isso que quase 30% dos inscritos no Enem nem se deram ao trabalho de comparecer ao local da prova. Devem ter ficado em casa jogando Fifa 13 e dando um prejuízo ao MEC de mais de R$ 100 milhões. Estudando é que não estavam.
(*) Jornalista é professor da Fundação Cásper Líbero
Marco Antonio Araújo (*) do Blog O provocador
Em um país de analfabetos funcionais, nada mais esclarecedor do que o protagonismo do Brasil na criação e consumo de videogames. Os números são impressionantes para uma nação que precisa importar médicos e engenheiros: a sexta edição do Brasil Game Show, que se realiza em São Paulo, dobrou de tamanho em relação a 2012 e promete receber mais de 150 mil visitantes. Estudar que é bom ninguém quer, mas não falta gente desocupada para ficar horas diante uma telinha simulando matanças, partidas de futebol e todo tipo de sociopatia presente nos jogos de “ação e aventura”s.
Enquanto o mundo enfrenta retração nesse mercado, já faturamos mais do que Reino Unido, Alemanha e Espanha, graças a consumidores ferozes e dispostos a, por exemplo, pagar R$ 4 mil por um PlayStation. Ano passado, o faturamento brasileiro no setor cresceu 127% — enquanto no restante do planeta houve recuo de 25%. Só a pequena França tem jovens zumbis mais viciados que os nossos. Detalhe: o preço médio de um videogame no Brasil é de 345 euros (R$ 1.048,50). Na França, o valor cai para 208 euros. É pra quem pode, não?
O mais apavorante é saber o quanto os pais apoiam e financiam esse ócio extremamente lucrativo para essa indústria que já teve entre seus expoentes o filho do ex-presidente Lula (com sua famigerada Gamecorp, aquela que recebeu um aporte de R$ 5 milhões da antiga Telemar — numa negociação considerado legítima depois de investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, é bom frisar). Deve ser coincidência.
Brasileiro adora um videogame, seja no computador, no console ou até na telinha do celular. Deve ser por isso que quase 30% dos inscritos no Enem nem se deram ao trabalho de comparecer ao local da prova. Devem ter ficado em casa jogando Fifa 13 e dando um prejuízo ao MEC de mais de R$ 100 milhões. Estudando é que não estavam.
(*) Jornalista é professor da Fundação Cásper Líbero
Nenhum comentário:
Postar um comentário