Luiz Flávio Gomes (*)
No livro Por que estamos indignados? procuro mostrar que as manifestações de junho evidenciaram que o Brasil, depois de 513 anos, se tornou um gigante (7ª economia do mundo), com pés de barro: para grande parcela da população a saúde está doente, o transporte público é indecente, a educação produz ignorância (porque não prestigiam o professor, escolas desestruturadas), a mobilidade urbana está imobilizada, a infraestrutura é precária, a violência é intensa e a corrupção, sobretudo dos políticos, é generalizada.
Vivemos, portanto, várias crises: política (representação ilegítima), de governança, socioeconômica (uma das piores distribuição de renda do planeta) e ética. Sociedade sem valores certos.
Construímos um país extremamente injusto e desigual, além de muito corrupto e violento.
Da porta da casa para dentro melhorou muita coisa (geladeira nova, fogão última marca, reforma da casa, carro e moto na garagem, celular, acesso à internet, consumo de mais alimentação etc.)
O problema do país está da porta da casa para fora: falta esgoto, o trânsito não anda, mas mata muito, a violência é cruel, a corrupção está disseminada, o transporte público virou lata de sardinha, o hospital não tem médico, a educação deseduca, a urbanidade é selvagem etc.
Da falta de qualidade de vida veio o mal-estar, que é fonte de muitas incertezas.
As incertezas produzem medo, o medo gera insegurança, a insegurança cria ansiedade, esta desencadeia ira, que é fonte de intensa indignação.
É neste estágio crítico que nos encontramos, com o quadro agravado pela sensação enorme de impotência (perda da identidade).
Tudo isso fez eclodir os movimentos populares, que pedem um Brasil mais justo, menos desigual e ético.
O consumismo ser revelou insuficiente, porque o manifestante quer qualidade de vida, ao descobrir que esta é a vida que vale a pena ser vivida.
(*) Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil .
No livro Por que estamos indignados? procuro mostrar que as manifestações de junho evidenciaram que o Brasil, depois de 513 anos, se tornou um gigante (7ª economia do mundo), com pés de barro: para grande parcela da população a saúde está doente, o transporte público é indecente, a educação produz ignorância (porque não prestigiam o professor, escolas desestruturadas), a mobilidade urbana está imobilizada, a infraestrutura é precária, a violência é intensa e a corrupção, sobretudo dos políticos, é generalizada.
Vivemos, portanto, várias crises: política (representação ilegítima), de governança, socioeconômica (uma das piores distribuição de renda do planeta) e ética. Sociedade sem valores certos.
Construímos um país extremamente injusto e desigual, além de muito corrupto e violento.
Da porta da casa para dentro melhorou muita coisa (geladeira nova, fogão última marca, reforma da casa, carro e moto na garagem, celular, acesso à internet, consumo de mais alimentação etc.)
O problema do país está da porta da casa para fora: falta esgoto, o trânsito não anda, mas mata muito, a violência é cruel, a corrupção está disseminada, o transporte público virou lata de sardinha, o hospital não tem médico, a educação deseduca, a urbanidade é selvagem etc.
Da falta de qualidade de vida veio o mal-estar, que é fonte de muitas incertezas.
As incertezas produzem medo, o medo gera insegurança, a insegurança cria ansiedade, esta desencadeia ira, que é fonte de intensa indignação.
É neste estágio crítico que nos encontramos, com o quadro agravado pela sensação enorme de impotência (perda da identidade).
Tudo isso fez eclodir os movimentos populares, que pedem um Brasil mais justo, menos desigual e ético.
O consumismo ser revelou insuficiente, porque o manifestante quer qualidade de vida, ao descobrir que esta é a vida que vale a pena ser vivida.
(*) Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil .
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