Fonte Reuters
O aumento da demanda externa por carne bovina e soja vai induzir o Brasil a desmatar mais a floresta amazônica, revertendo o sucesso recente na diminuição das perdas florestais, mostrou um estudo divulgado na última semana.
Cerca de 30 por cento do desmatamento no Brasil na primeira década deste século ocorreram porque agricultores e pecuaristas procuraram terras para expandir a produção de carne e soja para exportação, contra cerca de 20 por cento na década de 1990, disse o relatório.
"O comércio está emergindo como o principal motor do desmatamento no Brasil", de acordo com especialistas do Centro de Pesquisas Internacionais sobre Clima e Meio Ambiente.
"Isso pode contribuir indiretamente para a perda das florestas que os países industrializados estão tentando proteger por meio de acordos internacionais", escreveram eles na revista Environmental Research Letters.
As exportações de carne bovina e soja responderam por 2,7 bilhões de toneladas de emissões de carbono causadas pelo desmatamento no Brasil na década de 2010, disse o relatório. Isso excede as emissões de gases de efeito estufa de uma nação como o Egito, no mesmo período.
O desmatamento na região amazônica caiu 27 por cento entre agosto de 2011 e julho de 2012, para 4.656 quilômetros quadrados, na comparação com o mesmo período do ano anterior, disse em novembro o Ministério do Meio Ambiente.
No entanto, dados divulgados na semana passada mostraram um aumento de 26,6 por cento no desmatamento entre agosto de 2012 e fevereiro deste ano, para 1.695 quilômetros quadrados, em relação ao mesmo período anterior, segundo o ministério.
A chamada Amazônia Legal cobre 5,2 milhões de quilômetros quadrados.
A crescente demanda externa e a ânsia do governo brasileiro por crescimento econômico significam que uma queda contínua na taxa de desmatamento era improvável sem novas medidas para proteger as florestas, disse o relatório.
Mundialmente, o desmatamento representa até um quinto das emissões de gases do efeito estufa de origem humana, de acordo com estimativas da ONU. As árvores absorvem dióxido de carbono enquanto crescem e o liberam quando são queimadas ou apodrecem.
Segundo as regras de mudança climática da ONU, as emissões de gases do efeito estufa são consideradas aquelas dentro das fronteiras nacionais.
Sugestões de transferir a responsabilidade aos consumidores, neste caso os compradores externos da carne bovina brasileira, são muitas vezes desprezadas como sendo muito complicadas.
"Tem sido um pesadelo no setor florestal", disse o pesquisador de florestas do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, Duncan Macqueen, em Edimburgo. "Os consumidores se perguntam 'por que devemos sofrer o custo da reforma do sistema?'", disse.
Alguns projetos procuram certificar a produção florestal como vindo de uma fonte que não envolve extração ilegal de madeira. Mas têm inconvenientes, já que os custos das auditorias podem ser muito elevados para os pequenos produtores, afirmou.
O estudo do centro sugeriu uma melhor rotulagem ou informações sobre importações para ajudar os consumidores.
O estudo não tentou comparar o impacto ambiental da produção de carne bovina ou de soja no Brasil com a de outras nações para ver onde a produção foi menos prejudicial. "Análises similares ainda têm de ser feitas", afirmou o autor Jonas Karstensen à Reuters.
O aumento da demanda externa por carne bovina e soja vai induzir o Brasil a desmatar mais a floresta amazônica, revertendo o sucesso recente na diminuição das perdas florestais, mostrou um estudo divulgado na última semana.
Cerca de 30 por cento do desmatamento no Brasil na primeira década deste século ocorreram porque agricultores e pecuaristas procuraram terras para expandir a produção de carne e soja para exportação, contra cerca de 20 por cento na década de 1990, disse o relatório.
"O comércio está emergindo como o principal motor do desmatamento no Brasil", de acordo com especialistas do Centro de Pesquisas Internacionais sobre Clima e Meio Ambiente.
"Isso pode contribuir indiretamente para a perda das florestas que os países industrializados estão tentando proteger por meio de acordos internacionais", escreveram eles na revista Environmental Research Letters.
As exportações de carne bovina e soja responderam por 2,7 bilhões de toneladas de emissões de carbono causadas pelo desmatamento no Brasil na década de 2010, disse o relatório. Isso excede as emissões de gases de efeito estufa de uma nação como o Egito, no mesmo período.
O desmatamento na região amazônica caiu 27 por cento entre agosto de 2011 e julho de 2012, para 4.656 quilômetros quadrados, na comparação com o mesmo período do ano anterior, disse em novembro o Ministério do Meio Ambiente.
No entanto, dados divulgados na semana passada mostraram um aumento de 26,6 por cento no desmatamento entre agosto de 2012 e fevereiro deste ano, para 1.695 quilômetros quadrados, em relação ao mesmo período anterior, segundo o ministério.
A chamada Amazônia Legal cobre 5,2 milhões de quilômetros quadrados.
A crescente demanda externa e a ânsia do governo brasileiro por crescimento econômico significam que uma queda contínua na taxa de desmatamento era improvável sem novas medidas para proteger as florestas, disse o relatório.
Mundialmente, o desmatamento representa até um quinto das emissões de gases do efeito estufa de origem humana, de acordo com estimativas da ONU. As árvores absorvem dióxido de carbono enquanto crescem e o liberam quando são queimadas ou apodrecem.
Segundo as regras de mudança climática da ONU, as emissões de gases do efeito estufa são consideradas aquelas dentro das fronteiras nacionais.
Sugestões de transferir a responsabilidade aos consumidores, neste caso os compradores externos da carne bovina brasileira, são muitas vezes desprezadas como sendo muito complicadas.
"Tem sido um pesadelo no setor florestal", disse o pesquisador de florestas do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, Duncan Macqueen, em Edimburgo. "Os consumidores se perguntam 'por que devemos sofrer o custo da reforma do sistema?'", disse.
Alguns projetos procuram certificar a produção florestal como vindo de uma fonte que não envolve extração ilegal de madeira. Mas têm inconvenientes, já que os custos das auditorias podem ser muito elevados para os pequenos produtores, afirmou.
O estudo do centro sugeriu uma melhor rotulagem ou informações sobre importações para ajudar os consumidores.
O estudo não tentou comparar o impacto ambiental da produção de carne bovina ou de soja no Brasil com a de outras nações para ver onde a produção foi menos prejudicial. "Análises similares ainda têm de ser feitas", afirmou o autor Jonas Karstensen à Reuters.
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