Renato Mauricio Prado (*)
Faltando 1000 dias para a Copa de 2014, o balanço da seleção é desanimador. Ainda não temos nem sequer um esboço de time.
O processo de renovação, que começou tão promissor naquele amistoso com os EUA, há pouco mais de um ano, perdeu-se e o grupo atual é um monstrengo, com veteranos que nada têm a acrescentar e jovens que precisam jogar e mal são escalados.
O fiasco na Copa América parece ter desnorteado Mano Menezes. Sua convocação para este amistoso, contra a Argentina, foi estapafúrdia. Renato Abreu? Réver? Cléber?
Até quando eram mais jovens e no auge da forma seriam contestáveis.
Pior: todos titulares, enquanto promessas como Casemiro, Lucas e Oscar esquentanvam o banco.
Qual o sentido disso? Ganhar um caneco sem importância?
O que realmente interessa neste momento é a formação de um time de verdade e de futuro. Algo que, com um meio-campo inacreditavelmente composto por Paulinho, Ralf e Renato Abreu, jamais teremos...
Acorda, Mano! Cadê aquele treinador ousado e sonhador, que dizia que, com ele, o Brasil voltaria a valorizar a arte do futebol e a ser protagonista?
Entre a teoria e a prática, está se descobrindo, há uma distância abissal. E assustadora...
FUTEBOL SUMIDO.
Seja com veteranos, seja com jovens, ou com a exótica mescla atual, o pior é que a seleção não joga bulhufas.
E, mais grave, os convocados nem sequer são capazes de repetir com a camisa amarela as atuações que costumam ter em seus clubes.
De quem é a culpa?
(*) Jornalista esportivo e Escritor . Colunista do O Globo e participa dos programas Bem, Amigos, Redação Sportv e Troca de Passes, no canal por assinatura Sportv.
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