sábado, 28 de agosto de 2010

Bambu é alternativa para tratamento de esgoto

Estudo desenvolvido por pesquisadores de Goiás demonstra eficiência do bambu no tratamento de efluentes industriais e domésticos e na proteção dos corpos hídricos. 
O tratamento de esgoto por meio de plantas é feito em várias partes do País e do mundo. 

Nestes sistemas, os efluentes são purificados pelo sistema de raiz de várias espécies vegetais. Mas, com o bambu abre-se mais uma possibilidade – o aproveitamento do material para a produção de bens de alto valor agregado e geração de emprego e renda. 


O bambu exerce papel fundamental para a preservação do meio ambiente. 
A ideia da pesquisa é analisar o comportamento do bambu na disposição final do esgoto já tratado em estações de tratamento de e sgoto (Etas). Este líquido volta aos mananciais e tem que cumprir exigências de qualidade. 

O engenheiro agrônomo Roberto Magno, da Embambu, uma das instituições que realizam a pesquisa, explica que a plantação de bambu gera uma cobertura de raízes sobre o solo, que acaba desempenhando o papel de “peneira biológica”. 
O conjunto solo e raízes é o responsável pela purificação dos efluentes. “Os resultados preliminares da pesquisa atendem à Resolução 357 do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente).” 

Para o tratamento de efluentes, o Ministério da Saúde recomenda o uso de fossa ou tanque séptico, onde fica depositada a parte sólida do esgoto – que corresponde a menos de 10% do total – e de um sumidouro, geralmente o solo. 
Com a introdução de raízes, a eficácia deste sumid ouro tem ganhos. A parte líquida vai para o bambuzal e a sólida fica no tanque séptico. 

A pesquisa Disposição de efluente de estação de tratamento de esgoto industrial em solo vegetado com bambu é desenvolvida há três anos por uma equipe formada por representantes da Universidade Federal de Goiás (UFG); da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Goiás (Semarh); da Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Caldas Novas; da Embambu Agroindústria; da Goiasindustrial; e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Senador Canedo, cidade a 22 km de Goiânia (GO). 
É financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ministério da Ciência e Tecnologia (CNPq/MCT).

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