sábado, 10 de setembro de 2011

Quando os amigos nos deixam

Há bem pouco tempo atrás acompanhei a partida de um porto imaginário, um navio comandado por um amigo querido levando em seus porões tudo de valioso que ele havia conquistado durante toda sua vida: honradez, dignidade, espírito de luta, entre tantos outros tesouros: Manuel Cornélio Correa.


Hoje, longe da minha Santarém, de forma lacônica e sofrida, abro um dos blogs da cidade e leio perplexo a partida de mais um amigo. Um grande amigo.


Daqueles que não olham a hora, o momento para lhe estender as mãos. Daqueles que de forma aguerrida lutou e conquistou coisas impensáveis para um região tão longínqua e esquecida de outro Brasil.


Também foi embora meu amigo Paulo Correa.


Na missa do irmão Cornélio me deu um forte abraço e juntos derramamos lágrimas pela perda do irmão e amigo querido. Hoje não tenho com quem compartilhar as lágrimas.
Ainda por cima estou longe para dizer adeus há quem muito estendeu a mão e com sorriso franco e fraterno, sempre disse: “Confia em mim, meu caro”


O silêncio toma conta do ambiente e apenas posso sentir a lágrima escorrer pelo canto dos olhos numa mistura de saudades e de agradecimento, de um alguém que me deu a honra de ser seu amigo.


Amigo Paulo Correa, obrigado. Corra ao encontro de Deus e de seus irmãos.


A saudade será eterna, mas são os desígnios dele, a quem você tanto se apegou, que temos que aceitar e pedir força para que Dona Thereza e seus meninos encontrem a paz para suportar tanta dor.


Antenor Pereira Giovannini

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