Blog do Márcio Alemão para Carta Capital
Repetindo um velho bordão: não gosto de cervejas artesanais e gosto muito das boas cervejas fabricadas no mundo civilizado e iniciado nessa arte há séculos. E elas vendem cada vez mais. As nossas se transformaram em meros veículos para um hálito horroroso (só superado pelo vinho de vernissage) e um porre frouxo diário na porta de escolas e bares com mesas tortas na calçada.
Empresários jovens investem com alegria na abertura cada vez mais frequente de bares especializados em cervejas artesanais. Vivas, salvas de palmas e sucesso para todos eles. Aqui em casa está decidido: estamos preferindo consumir menos e com muito mais qualidade.
Logo, as brazucas de milho, ordinárias e desrespeitosas, estão sendo substituídas por excelentes inglesas, belgas e alemãs.Até esse ponto, tudo vai bem. Mas aí recebemos a notícia de que Júnior acaba de receber o diploma de Grão-Mestre Harmonizador de Lúpulos, Cevadas e Derivados. E mais: preparou uma coleção com 18 CDs que ensinam, passo a passo, como harmonizar cada espécie do reino animal e vegetal com os rótulos disponíveis no planeta Terra. A possibilidade de uma palestra empresarial que cria metáforas riquíssimas entre o equilíbrio da cerveja e o equilíbrio da empresa, assim como a melhor maneira de harmonizar o RH com a turma de TI, também pode ser agendada, não para antes de 2018.
Fazer o quê?
O onipresente e carismático Júnior convenceu muita gente a levar a sério esse trabalho.
E eu recebo um comunicado de um desses estabelecimentos especializados que me passa várias recomendações de harmonização.
Uma das cervejas vai bem com feijoada e batatas gratinadas.
Bom, né?
Com uma abrangência dessa, o custo-benefício deve ser excelente.
Outra, me informam, vai muito bem com avestruz grelhado. Imagino que não errarei se a servir com meu próximo churrasco de paca.
A tal da especialização, lembrem-se, começou a se virar contra o mundo dos vinhos e seus enochatérrimos. Chegou em um ponto que o bom senso decidiu gritar e os bons importadores e produtores mudaram o discurso: um bom vinho deve harmonizar com seu bolso e seu paladar. Gostou do tinto com peixe, vai em frente.
Punto e basta.
Repetindo um velho bordão: não gosto de cervejas artesanais e gosto muito das boas cervejas fabricadas no mundo civilizado e iniciado nessa arte há séculos. E elas vendem cada vez mais. As nossas se transformaram em meros veículos para um hálito horroroso (só superado pelo vinho de vernissage) e um porre frouxo diário na porta de escolas e bares com mesas tortas na calçada.
Empresários jovens investem com alegria na abertura cada vez mais frequente de bares especializados em cervejas artesanais. Vivas, salvas de palmas e sucesso para todos eles. Aqui em casa está decidido: estamos preferindo consumir menos e com muito mais qualidade.
Logo, as brazucas de milho, ordinárias e desrespeitosas, estão sendo substituídas por excelentes inglesas, belgas e alemãs.Até esse ponto, tudo vai bem. Mas aí recebemos a notícia de que Júnior acaba de receber o diploma de Grão-Mestre Harmonizador de Lúpulos, Cevadas e Derivados. E mais: preparou uma coleção com 18 CDs que ensinam, passo a passo, como harmonizar cada espécie do reino animal e vegetal com os rótulos disponíveis no planeta Terra. A possibilidade de uma palestra empresarial que cria metáforas riquíssimas entre o equilíbrio da cerveja e o equilíbrio da empresa, assim como a melhor maneira de harmonizar o RH com a turma de TI, também pode ser agendada, não para antes de 2018.
Fazer o quê?
O onipresente e carismático Júnior convenceu muita gente a levar a sério esse trabalho.
E eu recebo um comunicado de um desses estabelecimentos especializados que me passa várias recomendações de harmonização.
Uma das cervejas vai bem com feijoada e batatas gratinadas.
Bom, né?
Com uma abrangência dessa, o custo-benefício deve ser excelente.
Outra, me informam, vai muito bem com avestruz grelhado. Imagino que não errarei se a servir com meu próximo churrasco de paca.
A tal da especialização, lembrem-se, começou a se virar contra o mundo dos vinhos e seus enochatérrimos. Chegou em um ponto que o bom senso decidiu gritar e os bons importadores e produtores mudaram o discurso: um bom vinho deve harmonizar com seu bolso e seu paladar. Gostou do tinto com peixe, vai em frente.
Punto e basta.
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