No Pará algumas leis serão cumpridas não por generosidade
Edilberto Sena
Depois de passar um ano sem fazer melhorias à população, alegando que tentava limpar a sujeira deixada pela ex governadora, o que deve ser verdade (já que ela foi mais um desastre político administrativo), o atual governador promete avanços neste novo ano. Ele garante cumprir o pagamento do piso nacional do salário dos professores, agora de um mil e 400 reais; promete também nomear 3 mil funcionários concursados, que aguardam há anos trabalhar no Estado, de acordo com a lei.
Tudo isso e muito mais promete o governador do Pará para o povo neste ano. Tal compromisso será um ato de bravura? Uma eficiência administrativa? Ou resultado de pressão popular em véspera de eleição no Estado?
Depois de se envolver pessoalmente em derrotar o sim emancipatório dos dois pretendentes novos estados; depois de suportar passivamente uma greve histórica dos funcionários da educação do Estado; depois que foi desmascarado publicamente pela injusta aplicação da renda estadual, em prejuízo das regiões Sul e Oeste do Estado, o governador se vê coagido a administrar melhor o cargo que ocupa por eleição. Daí o anuncio de nomeação dos concursados que já ameaçam nova greve prolongada.
Triste sociedade em que as autoridades só agem sob pressão e não por competência político administrativa. importante lição para os diversos setores da sociedade, se darem conta que é preciso consciência cidadã e organização para fazer as autoridades trabalharem mesmo sob pressão.
Se a lição for aprendida certamente outras categorias sociais vão se organizar para fazer o governo e os prefeitos cumprirem seu dever. Dai o alerta para as associações, sindicatos, mulheres, pescadores e outras tantas organizações sociais. Pois na casa do Saldanha, quem não pressiona, não ganha!
(*) Sacerdote e Diretor da Rádio Ruralde Santarém (PA)
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