Blog do Trágico e Cômico para o Jornal da Tarde/SP |
Pode-se conviver pacificamente com isso. Basta ignorar.
Mas, depois de anos em seu gueto, o BBB voltou a ser notícia do público geral, pois a polêmica da vez virou caso de polícia. E qual era a polêmica que faltava? Estupro, claro (ou tentativa de). De um jeito ou de outro, a audiência voltou a subir, consagrando mais uma vez a velha fórmula do “quanto pior, melhor”. Mas, afinal, foi estupro ou não? Não sei. Houve o exame de corpo-delito? Sem isso, o debate é cego, surdo e mudo. E se for comprovado que houve sexo, ele foi consensual? Essa já é uma questão mais delicada — e nela os antropólogos do BBB terão de se debruçar para desenvolver suas teses…
“Por que Orwell escrevia? Quatro anos antes de morrer, ele finalmente abriu o jogo: por puro egoísmo, entusiasmo estético, impulso histórico e objetivo político. Sua maior ambição era transformar o texto político em arte. Conseguiu. (…) É sempre um prazer ler o inventor do Big Brother, o verdadeiro, não o desse teleshow alcoviteiro sobre zeros à esquerda que Orwell na certa veria como mais um grave sinal de decadência humana.”
Sergio Augusto – trecho da orelha do livro Dentro da Baleia e Outros Ensaios, de George Orwell
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