quarta-feira, 12 de junho de 2013

Para eles, vale.. vale tudo ...

PT cria trem da alegria para funcionários sem concurso  

Blog do Fernando Rodrigues 

O governo federal abriu na 6ª feira (7.jun.2013) seleção para preencher 150 vagas de gestor público com regras que beneficiam servidores não concursados do alto escalão da burocracia. O salário inicial é de R$ 13 mil. 

O Ministério do Planejamento, responsável pela prova, dará um bônus de até 150 pontos, de um total de 660, para candidatos que exerceram “cargo de gerência” nos últimos 10 anos – o período de governo do PT. 

1.436 funcionários de confiança estariam em vantagem. Esse é o número de servidores não concursados que ocupam hoje os melhores postos da burocracia – os chamados cargos DAS nível 4 a 6, com salário entre R$ 7 e R$ 11 mil. 

O governo afirma que dará o mesmo bônus para funcionários do setor privado, mas o edital não traz uma definição clara sobre o que seria cargo de gerência em empresas. A interpretação ficará a cargo do próprio governo. 

O bônus terá grande impacto na classificação final do concurso. Um candidato que acerte o mínimo necessário, ou seja, pífios 30% da prova objetiva e 60% da discursiva, mas tenha 10 anos de experiência e um curso de especialização, somará 396 pontos. Ele ficaria na frente de um candidato recém-formado, sem experiência, que acertasse 90% do teste objetivo e 80% do discursivo – resultado que poderia colocá-lo em primeiro lugar na prova –, com soma de 388 pontos. 

Segundo a assessoria do Ministério do Planejamento, o objetivo é recrutar profissionais com habilidade comprovada para liderar equipes e coordenar projetos. No último concurso para o cargo de gestor público, em 2009, 41% dos aprovados nunca havia trabalhado antes, o que prejudica o exercício da função, diz o governo. 

A associação dos gestores públicos (Anesp) estuda propor medidas judiciais contra o concurso. Trajano Quinhões, presidente da entidade, afirma que o bônus é “excessivo” e fere a igualdade de oportunidades entre todos os concorrentes: “Do jeito que está, corre o risco de entrarem pessoas só com experiência profissional, mas não necessariamente com boa experiência acadêmica.”

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