Anselmo Cordeiro (*)
Denunciando a roubalheira desenfreada dos aliados de Dilma, a petralha toma todos os postos, e Dilma vai governar com o quê?
Com um Congresso tomado pela oposição reforçada com a entrada de um oportunista PMDB revoltado?
Dilma vai governar como então? Não... Isso não faz sentido.
Seria suprema estupidez da súcia vermelha.
O PT, sozinho, não tem gente em quantidade nem para proteger os vetos de Dilma.
Explico: sem apoio no Congresso, se Dilma vetar algum projeto aprovado pelos parlamentares, este mesmo Congresso pode derrubar o seu veto e transformar o projeto vetado em Lei. Basta que 2/3 dos congressistas assinem a derrubada do veto. Foi por isso que a corja petista inventou o mensalão. Para governar, tinha que comprar consciências enlameadas. Lembre-se que o povo vota em Lula, mas não vota em petistas candidatos a cargos eletivos (deputado, senador, vereador e prefeito). Na última eleição para governador, o partido da corja levou uma sova: elegeram apenas 5 Governadores, sendo que, na maioria, em Estados de pouca expressão e, ainda assim, a duras penas (AC, BA, DF, RS, SE). Em São Paulo, que é maior aglomerado eleitoral do País, a arrasadora vitória do Alkmim abreviou o sonho da quadrilha já no primeiro turno. O destino desse partido já está selado: quando Lula morrer, o partido vai junto com o morto para o túmulo; e ambos já vão tarde. E Dilma? — perguntariam. Ora! Dilma, politicamente, já está a caminho do hospital dos desenganados, como veremos nos parágrafos seguintes.
Na Câmara, de um universo de 513, o PT da Dilma só conta com 86 deputados ativos. Nem somando esses com os 11 que estão afastados, Dilma consegue número para aprovar coisa alguma. Por aí, vai sempre precisar dos 87 do PMDB e mais uns quebrados dos partidos nanicos que lhe dão apoio em troca de algumas migalhas. O PR, com 40 deputados, pode prejudicar-lhe mais ainda a governabilidade caso se bandeie para a oposição por não ter recebido alguma contra-partida na perda do Ministério dos Transportes.
No Senado, a situação, em termos de número, é praticamente a mesma: do total de 81 senadores, o PT comparece com apenas 13 eleitos.
Nesse caso — diria um precipitado — o jeito é Dilma promover um golpe de Estado. Mas como? Sem apoio militar? Os milicos vêm amargando, já há um considerável tempo, um arrocho salarial, onde nem as reposições salariais devidas lhes são pagas. Na esmagadora maioria, estão pendurados na forca de agiotas, juros de cartão de crédito e prestações de empréstimos consignados em folha. Como se isso ainda fosse pouco, Dilma ainda dá uma facada monumental no orçamento das FFAA, obrigando os comandantes a mandarem os seus soldados para casa mais cedo, porque as panelas do rancho estão vazias. No material militar, há veículos com mais de 20 anos de uso, fuzis que vão completar 50 anos... A Estratégia Nacional de Defesa é uma maravilha em termos de modernização, mas não sai do papel. A nossa Engesa, que, durante os governos militares, produzia carros de combate e tanques para o Exercito brasileiro e para o Exterior, faliu; e a Avibrás luta para sair de uma concordata. Para fazer decolar uma aeronave, a Força Aérea precisa pegar peças de 3 outras desmontadas, e o Exército especializou-se em administrar penúria (veja detalhes em http://gunsdesignbr.blogspot.com/2011/08/canal-livre-com-genaugusto-heleno-e.html.
Por conta desse descaso com a defesa nacional, a quadrilha governista, já sabendo que não tem apoio dos quartéis, foi buscar, para o comando do Exército, um General, o Enzo, que já estava na Reserva, certamente porque, dentre os generais da ativa, não encontrou sequer um confiável. E, para fechar com chave-de-ouro essa seqüência de feitos desastrosos na área militar, a "presidenta imprudenta" põe, no posto de Ministro da Defesa, um melífluo Amorim, um pobre diabo servil, que, ao primeiro embate com uma crise militar, haverá de buscar abrigo sob as saias presidenciais. Vai fazer golpe de estado com o quê? Com foguetório de São João?
A realidade, ao menos aproximada, é esta: Dilma, todas as noites, vai para a cama, provavelmente, sabendo que terá pesadelos em que vê a sua base política se desmantelando em propinas, corrupção, desvios de verbas e outras patifarias que fazem parte da ficha policial do seu aliado PMDB principalmente. Em cada manhã, ao acordar, é aquela correria aos jornais do dia, para se inteirar da avaria mais recente nas palafitas que sustentam o seu casebre governista. Teme que os troncos podres que dão sustentação ao barraco não agüentem o peso da imundície que já não dá mais para esconder sob os panos de chão. Dos matagais que circundam o seu mocambo, o bombardeio da Imprensa e da Internet política é incessante, abalando mais ainda a tapera de onde a "presidenta ineficienta e pacienta" tenta governar.
Diz o velho ditado: "Quem se mistura com porcos, come lavagem"; e a questão agora é saber até onde o estômago da Dilma vai agüentar essa iguaria indigesta que lhe é servida no chiqueiro palaciano e, se agüentar, até onde o País suportará tanta esbórnia com o dinheiro dos nossos impostos nesse banquete sinistro.
(*) Responsável pelo Blog Net 7 Mares (net7mares.blogspot.com)
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