Líder rebelde diz que paradeiro de Gaddafi é desconhecido
Folha de São Paulo
O líder do Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político da rebelião na Líbia, afirmou nesta segunda-feira que o paradeiro do ditador Muammar Gaddafi é desconhecido, mas que espera que ele seja capturado vivo.
Nesta segunda-feira, os rebeldes oposicionistas líbios controlam a maior parte da capital Trípoli no que a comunidade internacional vê como sinal da queda iminente do ditador. Os rebeldes enfrentam as forças do regime nos arredores do complexo de Bab al-Aziziyah, quartel-general do ditador.
Durante uma entrevista coletiva em Benghazi, capital dos rebeldes no leste da Líbia, Mustafah Abdeljalil disse que alguns setores da capital ainda não estão sob controle dos insurgentes, incluindo Bab al-Aziziyah.
Ele pediu ainda aos combatentes rebeldes que respeitem a lei e prometeu um julgamento justo para os membros do regime de Gaddafi. "Eu peço a todos os líbios que exerçam autocontrole e respeitem a propriedade e a vida de outros e que não queiram aplicar a lei com as próprias mãos", disse Jalil.
Jalil, contudo, não quis especular sobre o destino de um dos filhos de Gaddafi, Saif al Islam, capturado na tarde de domingo, e se seria entregue à corte internacional.
Ele disse apenas que ele "está em mãos dos rebeldes e em um lugar seguro".
Apesar de existir uma ordem de busca e captura a nível internacional contra ele, o Tribunal Penal Internacional só pode atuar quando a Justiça do país envolvido não o faz ou renuncia de maneira explícita a julgar o acusado.
Por isso, o procurador-geral do TPI, Luis Moreno Ocampo, iniciou uma série de contatos com as forças rebeldes para conseguir a entrega do filho de Kadafi, o que era também a vontade de algumas potências.
Segundo a emissora de televisão Al Arabiya, o magistrado viajou na sexta-feira passada a Bruxelas para se reunir com os responsáveis da Otan e tratar desta questão.
Jalil afirmou ainda que o CNT favorecerá qualquer país estrangeiro que apoiou a rebelião e que o órgão político busca "construir laços sólidos baseados no respeito mútuo".
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