“O futebol é uma máfia. Não tem nada mais parecido com a máfia do que o futebol. O futebol funciona, aqui e em nível internacional, em cima da troca de favores. Como a máfia funciona pela troca de favores. Então como é que as pessoas se elegem? Os presidentes das federações se elegem como? Ora, botando um gramado num campo do interior, abrigando as delegações em um hotel quando vão jogar fora de casa. Então, mediante pequenos favores, eles obtêm os votos tornando-se figuras absolutamente imbatíveis dentro de uma estrutura que não é nada democrática. A estrutura do futebol é tão antidemocrática que o presidente da Confederação Sul-Americana (Conmebol), Nicolás Leoz – que será mumificado na liderança do futebol sul-americano – tem uma declaração muito antiga de cada federação obrigando-se por si e por seus sucessores a votarem nele. É o restabelecimento da monarquia. E é assim na FIFA e nos países. Para quem gosta de Direito, há uma coisa fantástica. Sabemos que todas as nações são soberanas, com seu próprio Direito, sua Constituição, etc. Porém, o futebol tem uma estrutura própria que se sobrepõem às leis de cada país. Se a FIFA decidir punir um clube no Brasil, não adianta recorrer a ninguém.”
Roberto Siegmann é juiz do Trabalho e diretor do Foro Trabalhista de Porto Alegre e ex - vice presidente do Internacional ao responder a pergunta - Por que os grandes clubes e as federações reelegem sistematicamente o Ricardo Teixeira? Qual é a vantagem? De que forma ele aglutina os dirigentes?
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