Entenda tumor que afeta o ator Reynaldo Gianecchini
Folha de São Paulo
Assim como as viaturas e as ambulâncias têm prioridade no trânsito e usam corredores de ônibus, as células de defesa --entre elas os linfócitos-- contam com o sistema linfático para seu transporte e suas operações contra infecções.
Os gânglios linfáticos são os locais desse sistema em que as células de defesa se acumulam em seu combate cotidiano, como nas batidas policiais.
Do tamanho de um grão de feijão, eles são conectados por vasos linfáticos e se acumulam nas regiões do pescoço, das axilas, do peito, do abdômen e da virilha.
Quando estamos com a garganta inflamada, é nas amígdalas, também parte do sistema linfático, onde os linfócitos se concentram, multiplicam-se e "comem" (fagocitam) os micro-organismos invasores.
Ao longo da vida do indivíduo podem ocorrer mutações no DNA dos linfócitos, levando à sua multiplicação desenfreada. Nesse caso, surge o linfoma, o câncer que se inicia a partir de um linfócito. Eles se dividem em dois grandes tipos, o linfoma de Hodgkin e um outro grande grupo de cânceres, o dos linfomas não Hodgkin.
A incidência do linfoma não Hodgkin, categoria com mais de 20 tipos de tumores, é mais comum em homens e aumenta progressivamente com a idade. Os fatores de risco são o sistema imunológico comprometido, exposição química incluindo pesticidas, solventes e fertilizantes e altas doses de radiação.
Em torno de 4 casos/100 mil indivíduos ocorrem em torno dos 20 anos de idade. A taxa de incidência aumenta dez vezes aos 60 anos e mais de 20 vezes após os 75 anos. Os casos da doença duplicaram nos últimos 25 anos. Com essa variedade grande de tumores, há linfomas não Hodgkin de progressão muito lenta, enquanto outros têm ação muito rápida.
A quimioterapia, a radioterapia ou ambas podem ser usadas no tratamento. Elas matam todas as células em fase de multiplicação no corpo ou na parte atingida, diminuindo, assim, o crescimento do tumor.
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