terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Fazer o que? Esse é o prefeito que São Paulo quis

Agora é fato: Haddad criou o “Bolsa Crack” em São Paulo e decreta que o Centro não será revitalizado — não enquanto ele for prefeito ao menos… 

Reinaldo Azevedo (*) 

Quando o governo de São Paulo criou o “Cartão Recomeço”, a rede petralha na Internet inventou a cascata de que se tratava do programa “Bolsa Crack”. Ignorava-se o fato óbvio de que o pagamento pelo tratamento é efetuado diretamente à comunidade terapêutica. O governo de São Paulo não dá dinheiro aos dependentes. 

A Prefeitura de São Paulo, sob o comando do petista Fernando Haddad, lançou nesta terça um suposto programa de combate ao crack. Voltarei ao assunto mais tarde com mais vagar. A quantidade de despropósitos impressiona — além de um truque vulgar. 

O principal absurdo: Haddad dará dinheiro e hospedagem a viciados — e não cobrará deles a adesão a um programa de tratamento. Se eles não quiserem, não se tratam. O programa vai atender apenas a um pequeno grupo de consumidores. 

Na verdade, à diferença do que acaba de noticiar o Jornal Nacional, não se trata de um programa para tentar acabar com a cracolândia. Como vou demonstrar mais tarde, o que Haddad acaba de fazer é oficializar a região como área permanente do crack. Assim, esqueçam qualquer possibilidade de revitalização da região. 

Volto ainda ao assunto, reitero. Mas noto que setores importantes da imprensa brasileira demonstram simpatia pelo despropósito porque o programa seria pautado pela tal “política de redução de danos”, um conceito porcamente aplicado no Brasil por aqueles que, de fato, defendem é a descriminação das drogas. 

Mais tarde, outros aspectos deletérios de mais uma ideia estupefaciente de Fernando Haddad, que transforma o consumo de crack numa vantagem comparativa. 

(*) Jornalista é colunista da revista VEJA 

Nenhum comentário:

Postar um comentário