quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Se isso acontecer realmente chegamos ao fim do poço

Clube dos 13 pede apoio de Renan para perdão da dívida dos clubes  

UOL 

Representantes do Clube dos 13, grupo que reúne os maiores times de futebol do país, estiveram na tarde desta quinta-feira (3) no Senado para pedir o apoio do presidente da casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para algum projeto que ajude no perdão ou amortização da dívida dos clubes com o governo federal. No total, estima-se que os clubes de futebol devam pelo menos R$ 4 bilhões. Destes, R$ 2 bilhões apenas em tributos com o governo federal. 

A proposta defendida pelo times e pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) é a do perdão de até 90% da dívida em troca de investimento em esporte olímpico para crianças e adolescentes por parte dos clubes. Idealizada pelo deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), ligado ao Corinthians e sócio de Marco Polo Del Nero, vice-presidente da CBF e presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), a proposta foi adotada pelo Ministério de Esporte, que prepara uma MP (Medida Provisória) ou PL (Projeto de Lei) sobre o tema. 

Participaram do encontro com Calheiros os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Zezé Perrela (PDT-MG), ligado ao Cruzeiro, o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, um dos vice-presidentes da CBF, Weber Magalhães, e o presidente do Vitória, Alexi Portela. 

Outra ideia citada no encontro, a portas fechadas na presidência do Senado, foi a possibilidade de abatimento das dívidas com o governo com a retenção de um determinado valor na fonte das receitas globais dos clubes por um período que garanta o pagamento do débito, sem inviabilizar o funcionamento das agremiações. 

De acordo com o senador Viana, não é defendida nenhuma anistia da dívida. "Não é isenção ou anistia, é trabalhar para que as dívidas sejam pagas sem inviabilizar os clubes financeiramente", afirmou. De acordo com ele, não será defendida no Senado uma proposta que signifique o perdão da dívida. Para o Ministério do Esporte, a troca da dívida por investimento em esporte olímpico não é perdão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário