sábado, 15 de janeiro de 2011

Superavit comercial em 2010

Agronegócio sustentou o superávit comercial pelo 10º ano seguido

O agronegócio sustentou em 2010 o superávit da balança comercial brasileira pelo décimo ano consecutivo, de acordo com relatório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Desde 2001, quando o saldo da balança voltou a ficar positivo, os embarques do setor vêm crescendo a ponto de compensar com folga os déficits dos demais setores. Depois da queda do superávit registrada em 2009 -de 9,82% no agronegócio e de 23,08% no total nacional-, os embarques de produtos do campo voltaram a crescer em 2010.

A tendência é que o recorde de 2008, a saldo de US$ 59,99 bilhões, tenha sido superado.
O agronegócio funciona como âncora da balança comercial de duas formas: revertendo índices negativos ou co mpondo a maior parcela do saldo positivo.
De acordo com os números dos últimos dez anos, apenas em 2005 e 2006 o superávit do agronegócio foi menor do que o superávit total do Brasil.

Mesmo nesses dois anos, o setor foi responsável por 85,7% e 92,1% do saldo da balança comercial, respectivamente. Nos outros oito anos desta década, o resultado do setor foi maior, o que significa que, se as importações e as exportações se igualassem, o país voltaria a enfrentar déficit, como ocorreu por seis anos consecutivos de 1995 a 2000.
Em 2001, o saldo do agronegócio foi sete vezes maior que o nacional, numa diferença de US$ 2,69 para US$ 19,06 bilhões.

As importações do agronegócio também são recordes neste ano.
Houve ampliação no saldo de cereais, farinhas e preparações (10,7%) e no de produtos florestais ( 64,1%) em relação a 2009.
Entre os produtos do setor mais importados estão trigo, papel e pescado.

Com gasto de US$ 12,05 bilhões até novembro, o agronegócio está importando 35,6% mais este ano.
Os demais setores ampliaram a compras no exterior em 45,6%, atingindo US$ 154,02 bilhões.

O resultado é que as importações totais passam de US$ 166 bilhões, valor 43,9% acima do registrado na mesma época do ano passado pelo País.
Para o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, os números mostram que, mesmo com o real valorizado, "o agronegócio vai bater novo recorde".

A previsão do Mapa é de resultado ainda melhor em 2011, com a ampliação do Valor Bruto da Produção Agrícola (VBP) de R$ 173 bilhões para R$ 185 bilhões.
Para a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Bra sil (CNA), senadora a Kátia Abreu (DEM-TO), o agronegócio está retomando a linha de crescimento interrompida logo após os recordes de 2008. 

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