segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ferronorte

Construção do trecho da Ferronorte está com 40% das obras executadas

A construção do trecho da ferrovia Senador Vicente Vuolo (Ferronorte), que irá interligar os municípios de Alto Araguaia e Rondonópolis (a 415 km e 212 km de Cuiabá, respectivamente), está com 40% das obras executadas. A distância entre as duas cidades é de 260 quilômetros.

A ferrovia é um importante modal esperado pelos produtos e industriais de Mato Grosso, pois ajudará no escoamento da produção, com frete reduzido se comparado ao rodoviário. Na última semana, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) emitiu a licença para a instalação do terminal da América Latina Logística (ALL), em Itiquira, por onde passarão os trilhos até chegar em Rondonópolis.

O investimento na construção do trecho está estimado em R$ 800 milhões, segundo o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot. Conforme ele, cerca de 60 km já passaram por terraplanagem, considerando que os trilhos foram instalados ao longo de 40 km. "Estamos com quase metade da obra concluída".

A construção do terminal de Itiquira terá início ainda este mês, com previsão de término em 6 meses. A licença emitida pelo Ibama, segundo o superintendente do órgão em Mato Grosso, Ramiro Martins Costa, considerou todo um estudo de impacto ambiental e social. Ele explica que a Licença de Instalação (LI) abrange a Licença Prévia (LP), e considera também as audiências realizadas com a comunidade.

Ele acrescenta que, após a co nstrução do terminal, ainda será necessário liberar a Licença de Operação (LO). A área cedida pela Prefeitura de Itiquira, localizada a 14 quilômetros do centro da cidade tem 73 hectares.

Conforme a ALL, a capacidade do terminal será para carregar um trem com 120 vagões por dia, com a possibilidade de aumento gradativo de até dois trens/dia. Aproximadamente 200 colaboradores de Itiquira trabalharão no projeto.

Outro investimento ferroviário projetado para Mato Grosso é a chegada dos trilhos de Rondonópolis a Cuiabá, somando cerca de 200 km. Conforme o secretário estadual de Logística Intermodal de Transporte (Selit), Francisco Vuolo, essa obra custará cerca de R$ 750 milhões, devendo ser iniciada após a conclusão do trecho entre Alto Araguaia e Rondonópolis, prevista para 2012. Conforme ele, é estudada a possibilidade de transportar passageiros neste trecho, além grãos e farelos.

A empresa que executará a obra será definida após a conclusão dos estudos de impacto, executados pelo governo de MT.

Nota do Blog: Quem teve oportunidade de assistir a palestra inaugural da construção da ferrovia em 1988 na cidade de Jales (SPo) pelo naquela altura único dono e responsável, sr Olacyr de Moraes proprietário da holding Itamarati,observa que realmente nosso País é um atraso, um descaso, uma omissão em termos de opções de transportes, principalmente ferroviário.
Na oportunidade a intenção do sr Olacyr era de ter uma ferrovia que escoasse toda a produção do oeste do Mato Grosso mais precisamente saindo da sede da sua fazenda Itamarati localizada no Entroncamento a 70 km de Tangará da Serra (MT) (300 km de Cuiabá), onde ele possuia uma estrutura fisica de armazenamento para 200 mil toneladas de granel e 200 mil toneladas de ensacado, e chegar até o porto de Santos usando a antiga Fepasa cuja linha terminava em Santa Fé do Sul (SPO).
A obra consistia em passar o rio através de uma obra pública de uma ponte rodo-ferroviária até Mato Grosso do Sul, Aparecida do Taboado, e seguir subindo até chegar em Cuiabá e posteriormente até a fazenda.
Os donos passaram a ser outros e o objetivo passou a ser que a ferrovia ao chegar em Cuiabá tivesse acesso a Porto Velho e também a Santarém. 
Pois bem estamos em 2011, 23 anos depois e a estrada ainda não chegou em Rondonopolis que dista 200 km de Cuiabá.
Alguém pode prever quando ela consegue chegar até Cuiabá ? Talvez outros 23 anos quem sabe. Entra governo e sai governo e foco em opções de transportes, melhorias em portos, melhorias em estradas de rodagem, isso é secundário. 

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