domingo, 26 de fevereiro de 2012

Lixo e sujeira. Santarém fede (2)

Recebi vários e-mails de leitores e amigos que não residem em Santarém impressionados com o texto do Dr. Helvécio Santos destacando Santarém com uma cidade suja e que cheira mal.

Não tive alternativa, de forma lamentável, em ter que concordar com cada palavra exposta no texto, sendo que não se consegue nem mesmo conceder alguma desculpa.

Ele expôs de forma transparente uma situação que a cada dia piora e nos traz apenas uma palavra: Vergonha.

Nossos dirigentes não conseguem ter a necessária visibilidade e principalmente habilidade administrativa em resolver um problema que não se restringe somente no eventual recolhimento do lixo que depositam junto do leito das ruas.

Já discutimos e escrevemos várias e várias vezes que tudo está atrelado a uma coisa que Santarém despreza e deixa de lado que é o Código de Postura. Como ele não existe (na prática e não na gaveta), muitas das coisas que ocorrem para que nossa cidade se torne suja e fedida, conforme o texto poderiam ser minimizadas com sua aplicação. Multas aos comerciantes, na reincidência fechamento do seu estabelecimento, e principalmente inibição de abertura de pequenos comércios para venda de alimentos sem qualquer tipo de higiene.

Interessante que a ANVISA (órgãos fiscalizador) faz freqüentes visitas aos comerciantes que se encontram instalados dentro da regras e ainda exigem novas melhorias com intenção de obter uma qualidade de higiene melhor. Ótimo, perfeito. Mas, a pergunta que fica é quanto aos inúmeros mini e pequenos comerciantes que atuam pela cidade e principalmente em torno do Mercadão com vendas de alimentos à população, sem qualquer condição mínima de higiene. Porque esses continuam atuando mesmo sendo visível suas parcas condições de higiene?

Alguém já disse que se trata de questão social. Ora bolas Quer dizer que o comerciante que paga seus impostos, concede empregos se vê obrigado a uma série de obrigações de higiene e o outro que fica com uma barriquinha no meio da rua, não paga impostos, não registra funcionários, pelo fato de não ter condições se enquadra na questão social e fica por isso mesmo, sendo que as possibilidades de contaminação alimentar não é levada em consideração?

Portanto, caros leitores lamento informar que o exposto no artigo retrata com fidelidade a atual situação da cidade no quesito limpeza, sujeira, esgoto a céu aberto, fedentina.

Pior ainda é não observar nenhuma atitude por parte de nossos administradores em querer resolverem a situação, haja vista de há muito ter sido incorporado o espírito de inércia, má vontade, desinteresse sempre sob alegação que se trata de uma situação que envolve o social e dessa forma tudo vale, tudo é permitido.

Ao Dr. Helvécio Santos nos resta parabenizá-lo pelo texto duro e objetivo sobre um assunto que a maioria faz vistas grossas e não gosta que seja comentado e muito menos criticado. 
Mas é uma realidade. Basta andar pela cidade e principalmente na região do Mercadão e observar toda a imundice, lixo, mau cheiro, ratos, baratas, urubus, que o ambiente propicia . 

Triste quadro quando por outrolado sempre apresentamos fotos de lugares maravilhosos que nossa região possui. 
É o contraste onde Deus pôs a mão e o homem que não quer pôr a mão.

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