domingo, 19 de junho de 2011

Pesquisas melhoram aves

Ave caipira da raça índio gigante
Criar aves sempre foi uma forma dos pequenos produtores complementarem sua renda e melhorarem a alimentação.

A galinha caipira tem um mercado certo para carne e ovos.

Em função disso, nos últimos anos, equipes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Meio-Norte e Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) têm desenvolvido pesquisas sobre sistemas de criação dessas aves usando instalações baratas, construídas com material encontrado no próprio local; e alimentação apropriada, com ração feita de sobras de outras culturas existentes na propriedade, como mandioca e frutos.

Em Juína (735 km a Noroeste de Cuiabá), aproximadamente 80% dos produtores rurais criam a ave caipira da raça índio gigante, considerada precoce por atingir o comprimento de um metro de altura (medindo da unha a ponta do bico), chegando a pesar até 3 quilos em 120 dias.
De acordo com o técnico agropecuário da Empaer, Manoel Paula de Almeida, há cinco anos é realizado um trabalha de melhoramento genético da raça no campo experimental daquele município, o que fez aumentar em 40% a procura pelos ovos e pintainhos da raça.

Os ovos são enviados para produtores rurais de todo Brasil pelos Correios.
O pintainho com cinco dias é comercializado a R$ 10,00 a unidade e a dúzia de ovos custa R$ 40,00. As vantagens deste animal são precocidade, rusticidade, beleza, tamanho, carne macia e saborosa. É um frango com todas as características do caipira comum e põe em média 30% mais ovos.

O técnico explica que a galinha caipira tradicional leva, em média, 12 meses para atingir o peso de 2 quilos, em criação extensiva.
O frango caipira tradicional demora entre seis meses a um ano para o abate, enquanto o índio gigante leva apenas quatro meses.

A galinha caipira comum, ou galinha de capoeira, como também é conhecida, geralmente tem uma produtividade muito baixa. Botando uma média de 90 ovos por ano, com uma produção de no máximo, 1,5 kg de carne.

Em função disso, a Embrapa recomenda a criação de galinha caipira melhorada, capaz de produzir 260 ovos por ano e 3,0 kg de carne.
A intenção é melhorar o plantel da ave caipira no Estado para garantir animais melhores em peso e tamanho, daí é feito o cruzamento das galinhas caipiras comuns com os galos selecionados. Segundo especialistas, assim como o frango caipira, a criação do í ;ndio gigante não requer muita infraestrutura.

Numa área de cinco metros quadrados, prevendo a procriação das aves, podem ser alojados um macho e duas fêmeas. A variedade é resistente, exigindo poucos cuidados dos criadores, fazendo com que a atividade não necessite de grandes investimentos

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