Paulo Calçade (*)
Vai ser divertido acompanhar como o STJD conduzirá o caso de Emerson Sheik.
O jogador usou uma câmara da transmissão da TV para atacar a CBF.
Afirmou com todas as letras que a instituição é uma vergonha. Não vou discutir aqui os lances que originaram a expulsão, tampouco o histórico de Sheik no tribunal.
Santo ele não é.
A questão, agora, é como o STJD vai proceder diante da ofensa do jogador à instituição que deveria administrar o futebol brasileiro, mas não o faz. É proibido xingar a CBF, é proibido contestá-la.
Seus erros nunca aparecem no tribunal.
Não aparecem quando ela erra no registro de jogadores, por exemplo.
Não aparecem quando convoca jogadores e prejudica os clubes por não respeitar a Fifa, por exemplo. Não aparecem quando avaliza o calendário criminoso, por exemplo.
Não aparecem quando permite que as partidas de seus torneios sejam disputadas em gramados precários. Não aparecem quando escala árbitros incapazes para a função, por exemplo. Não aparecem quando faz vista grossa para a delicada situação financeira dos clubes, por exemplo.
Nunca aparecem, tudo é permitido. Mas Emerson pode ser enquadrado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, por conduta contrária à ética desportiva.
O jogador feriu a ética por dizer o que muita gente pensa e sente.
Já a CBF, que faz o que faz, não fere nada.
Esse sistema é uma vergonha.
(*) É jornalista esportivo . Comentarista esportivo da ESPN Brasil e da Rádio Estadão ESPN,
Vai ser divertido acompanhar como o STJD conduzirá o caso de Emerson Sheik.
O jogador usou uma câmara da transmissão da TV para atacar a CBF.
Afirmou com todas as letras que a instituição é uma vergonha. Não vou discutir aqui os lances que originaram a expulsão, tampouco o histórico de Sheik no tribunal.
Santo ele não é.
A questão, agora, é como o STJD vai proceder diante da ofensa do jogador à instituição que deveria administrar o futebol brasileiro, mas não o faz. É proibido xingar a CBF, é proibido contestá-la.
Seus erros nunca aparecem no tribunal.
Não aparecem quando ela erra no registro de jogadores, por exemplo.
Não aparecem quando convoca jogadores e prejudica os clubes por não respeitar a Fifa, por exemplo. Não aparecem quando avaliza o calendário criminoso, por exemplo.
Não aparecem quando permite que as partidas de seus torneios sejam disputadas em gramados precários. Não aparecem quando escala árbitros incapazes para a função, por exemplo. Não aparecem quando faz vista grossa para a delicada situação financeira dos clubes, por exemplo.
Nunca aparecem, tudo é permitido. Mas Emerson pode ser enquadrado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, por conduta contrária à ética desportiva.
O jogador feriu a ética por dizer o que muita gente pensa e sente.
Já a CBF, que faz o que faz, não fere nada.
Esse sistema é uma vergonha.
(*) É jornalista esportivo . Comentarista esportivo da ESPN Brasil e da Rádio Estadão ESPN,
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