Estadão
Em agosto, no último leilão realizado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, foram contratadas 9 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), 11 térmicas movidas a biomassa e apenas 1 grande hidrelétrica, em Sinop (MT). O potencial contratado, de 1.265 MW, correspondeu a 35,78% da oferta total de 3.535 MW, da qual 1.800 MW eram relativos a térmicas a carvão, não leiloadas por falta de propostas. Ambientalistas interpretaram o resultado do leilão como uma vitória, mas ela foi parcial. Os investidores desistiram por causa do alto preço de equipamentos importados, agravado pela cotação do dólar.
Seria enganoso afirmar que já se configura uma nova tendência, pois os investidores em térmicas a carvão podem retornar à disputa na segunda etapa do leilão, em dezembro. Mas as PCHs e as térmicas a biomassa ganham competitividade.
Alguns analistas criticam o modelo de aproveitamento hidrelétrico. Embora reconheçam que a matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo, órgãos técnicos não oficiais tendem a encarar com reserva a construção de hidrelétricas com extensos reservatórios, com efeitos nocivos ao ambiente.
As novas hidrelétricas são a fio d'água, requerendo represas menores. As críticas são discutíveis, num país com enorme potencial hidrelétrico a aproveitar.
O interesse pelas PCHs sugere o início de nova fase, em que a ênfase recai sobre usinas menores, mas eficazes. Isso significa pulverizar investimentos: as PCHs e as térmicas serão construídas em dez Estados, com investimentos de R$ 5 bilhões.
O preço da energia produzida será módico. Os contratos com as PCHs terão validade por 30 anos, com preço médio de R$ 109,40 por MWh - deságio de 7,3% em relação ao máximo de R$ 118 por MWh. Nas térmicas, os contratos terão 25 anos, com preço médio de R$ 135,58 por MWh e deságio de 3,15% em relação ao teto de R$ 140 o MWh.
O País continuará sujeito a acionar as térmicas movidas a carvão, óleo diesel ou gás natural, indispensáveis nas fases de seca - na quarta-feira, o governo liberou a geração de 1.000 MW no Nordeste. Mas é boa notícia o uso de matéria-prima menos poluente e abundante, como o bagaço de cana, já usado na cogeração de energia por usinas de açúcar.
E é a primeira vez que se propõe usar o cavaco de madeira como combustível. Se aprovado, esse insumo poderá ser importante para gerar energia nas áreas rurais.
Em agosto, no último leilão realizado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, foram contratadas 9 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), 11 térmicas movidas a biomassa e apenas 1 grande hidrelétrica, em Sinop (MT). O potencial contratado, de 1.265 MW, correspondeu a 35,78% da oferta total de 3.535 MW, da qual 1.800 MW eram relativos a térmicas a carvão, não leiloadas por falta de propostas. Ambientalistas interpretaram o resultado do leilão como uma vitória, mas ela foi parcial. Os investidores desistiram por causa do alto preço de equipamentos importados, agravado pela cotação do dólar.
Seria enganoso afirmar que já se configura uma nova tendência, pois os investidores em térmicas a carvão podem retornar à disputa na segunda etapa do leilão, em dezembro. Mas as PCHs e as térmicas a biomassa ganham competitividade.
Alguns analistas criticam o modelo de aproveitamento hidrelétrico. Embora reconheçam que a matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo, órgãos técnicos não oficiais tendem a encarar com reserva a construção de hidrelétricas com extensos reservatórios, com efeitos nocivos ao ambiente.
As novas hidrelétricas são a fio d'água, requerendo represas menores. As críticas são discutíveis, num país com enorme potencial hidrelétrico a aproveitar.
O interesse pelas PCHs sugere o início de nova fase, em que a ênfase recai sobre usinas menores, mas eficazes. Isso significa pulverizar investimentos: as PCHs e as térmicas serão construídas em dez Estados, com investimentos de R$ 5 bilhões.
O preço da energia produzida será módico. Os contratos com as PCHs terão validade por 30 anos, com preço médio de R$ 109,40 por MWh - deságio de 7,3% em relação ao máximo de R$ 118 por MWh. Nas térmicas, os contratos terão 25 anos, com preço médio de R$ 135,58 por MWh e deságio de 3,15% em relação ao teto de R$ 140 o MWh.
O País continuará sujeito a acionar as térmicas movidas a carvão, óleo diesel ou gás natural, indispensáveis nas fases de seca - na quarta-feira, o governo liberou a geração de 1.000 MW no Nordeste. Mas é boa notícia o uso de matéria-prima menos poluente e abundante, como o bagaço de cana, já usado na cogeração de energia por usinas de açúcar.
E é a primeira vez que se propõe usar o cavaco de madeira como combustível. Se aprovado, esse insumo poderá ser importante para gerar energia nas áreas rurais.
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