sexta-feira, 15 de agosto de 2014

PT e PSDB temem virtual candidatura de Marina

Kennedy Alencar (*) 

O comentário no “Jornal da CBN” analisou os efeitos da possível candidatura de Marina Silva à Presidência da República pelo PSB. 

As campanhas do PT e do PSDB temem esta possibilidade. Marina é uma liderança política que aparecia com uma boa taxa de intenção de voto no final de 2013 e início de 2014. 
Na avaliação de ambos os partidos, cresce a chance de haver segundo turno nas eleições. 

Os petistas consideram que a presidente Dilma Rousseff teria mais dificuldades para vencer Marina do que Aécio Neves numa segunda etapa. 
Para o PSDB, a entrada de Marina na disputa tira Aécio da posição confortável de principal nome da oposição. A ex-senadora pode obter votos anti-governo do tucano.

Pode também ser uma opção para parte dos que pretendiam votar em branco ou nulo. Portanto, há uma possibilidade clara de a eventual candidatura de Marina levar a eleição para o segundo turno e tirar o PSDB dessa fase. 

A ex-senadora está recolhida e orientou políticos próximos e assessores a não falar sobre o assunto antes do enterro de Eduardo Campos e das outras vítimas do acidente aéreo. 
Os dirigentes do PSB que têm divergências com Marina criam dificuldades e tentam estabelecer limites políticos para ela. 

Mas a própria família de Campos tomou a iniciativa de deixar claro que apoia Marina como candidata. Marina tem a energia para levar adiante o projeto de Campos de ser uma alternativa à polarização entre PT e PSDB. 

De acordo com políticos próximos, dificilmente ela vai recusar essa missão. 
O PSB não tem força para barrá-la. 
Marina Silva só não será candidata se não quiser. 

(*) Jornalista dedicado principalmente aos assuntos de política e economia

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