segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Crise na Europa - Itália na mira

Cresce pressão sobre a Grécia; temor se volta para Itália

France Presse 

Os ministros das Finanças da Eurozona decidiram nesta segunda-feira pressionar ainda mais a Grécia para que as medidas de austeridade sejam cumpridas pelo país, e reforçaram as propostas para evitar que a Itália seja a próxima a quebrar.

Após vários dias de agitação política na Grécia, os ministros dos 17 países da Eurozona deveriam se reunir hoje a partir das 16h (14h de Brasília). Nesta terça-feira, será a vez dos 27 ministros da UE (União Europeia).

O objetivo é dizer a Atenas que o país não receberá nada caso não sejam cumpridos os planos de ajuste. O medo maior é o risco de a crise atingir a Itália, já enfraquecida pela falta de credibilidade dos investidores sobre os planos do governo do premiê Silvio Berlusconi para reduzir o déficit e a dívida de 1,9 trilhão de euros.

Os líderes europeus cobram da Grécia uma definição clara para que o país continue na Eurozona. Os principais partidos políticos gregos chegaram a um acordo para formar um governo de coalizão sem o atual premiê, George Papandreou. Ficou decidido, também, adiantar as eleições para o dia 19 de fevereiro.

Papandreou e o líder da oposição de direita, Antonis Samaras, reuniram-se nesta segunda-feira para escolher o próximo chefe do governo.

ITÁLIA
Além dos temores sobre a Grécia, rumores sobre a renúncia de Berlusconi também causam insegurança nos mercados nesta segunda-feira. A Comissão Europeia já confirmou que enviará à Itália uma missão para vigiar a implementação das reformas draconianas.

"O problema da Itália é a falta de credibilidade das medidas anunciadas pelo governo para reduzir o déficit", declarou a diretora do FMI, Christine Lagarde.

As taxas de juros sobre os títulos de longo prazo italianos subiram 6,5%, um novo recorde desde a criação do euro.

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