domingo, 27 de novembro de 2011

Atividade Paralela

Duda Mendonça financia vaquejada no Pará 

Folha de São Paulo 

O marqueteiro Duda Mendonça, responsável pela campanha a favor da divisão do Pará, está bancando a construção de uma pista de vaquejada em Xinguara (no sudeste, a 850 km de Belém).

A vaquejada é uma atividade recreativa --criticada por entidades protetoras dos animais-- na qual pessoas montadas a cavalo precisam prender um boi pelo seu rabo e puxá-lo até derrubar.
Duda não é praticante das vaquejadas, mas, de acordo com pessoas próximas, gosta de assistir a elas. Um de seus filhos é adepto da prática e disputa vaquejadas.

Por isso, o marqueteiro resolveu ajudar o Sindicato dos Produtores Rurais de Xinguara, município no qual tem terras, a construir a pista.
Ela começou a ser feita no início do ano, no parque de exposições da cidade e tem 140 metros de comprimento.

O custo total será de R$ 500 mil, segundo o sindicato.
Em 2004, o marqueteiro foi detido pela Polícia Federal no Rio de Janeiro durante uma operação de repressão a rinhas de galo.

"Ele está ajudando a conseguir doações e também doando do bolso dele. Graças à sua influência, outras pessoas estão ajudando", afirmou Osvaldo de Oliveira, presidente do sindicato.
A previsão é que a pista seja inaugurada em maio, com uma grande festa. De acordo com o sindicato de Xinguara, Duda vai aproveitar as vaquejadas para leiloar animais que possui em sua fazenda.

CIDADÃO XINGUARENSE
Bastante conhecido na cidade, o marqueteiro recebeu neste ano o título de cidadão xinguarense, aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal. Um dos motivos para a concessão do título é a colaboração de Duda na campanha pela divisão do Pará. Ele se ofereceu para atuar sem cobrar cachê.

Em 11 de dezembro, os paraenses votarão em um plebiscito para decidir se querem que o Estado dê origem a mais outros dois: Carajás (sudeste) e Tapajós (oeste).
O prefeito de Xinguara, José Davi Passos (PT), espera que a novidade traga investimentos. "Vai movimentar os hotéis, restaurantes e atrair gente de toda a região."

Os defensores da pista não veem violência nas vaquejadas. "O que é violento depende muito da cultura de cada região. Se for assim vão dizer também que Fórmula 1 é violenta", disse o prefeito.
Procurado pela reportagem, Duda não respondeu.

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