Renato Mauricio Prado (*)
A campanha brasileira na África do Sul foi pífia.
Derrotou a fraquíssima Coréia do Norte (lanterna da competição), sofrendo, após um ridículo empate em 0 a 0, no primeiro tempo. E, no finalzinho, ainda conseguiu a proeza de levar o único gol que os norte-coreanos fizeram na Copa.
Venceu Costa do Marfim jogando bem meio-tempo. E, uma vez mais, sofreu um gol de um adversário cujo único atacante realmente perigoso jogava machucado (Drogba).
Empatou com Portugal, levando sufoco no final, numa partida em que as duas seleções estavam classificadas (imaginar que Costa do Marfim faria oito gols em qualquer adversário é surreal). No segundo tempo, os portugueses foram melhores e quase venceram.
Derrotou o Chile, eterno e ingênuo freguês, jogando direitinho. Nada além disso. E nem havia motivo para empolgação, diante da fraqueza do oponente.
Enfim, jogou muito bem 45 minutos, no primeiro tempo contra a Holanda, mas, simplesmente, desmoronou psicologicamente, após sofrer um gol, numa falha conjunta de Júlio César e Felipe Melo. A atuação do Brasil, após o empate, beirou o risível. Podia ter perdido até de mais. Nossa equipe mostrou-se completamente desequilibrada, em termos psicológicos. Um retrato fiel do seu treinador.
E, o que dizer de Felipe Melo - o eleito por Dunga para ser o xerife do meio-campo?
E do próprio Dunga que, na hora do aperto, olhava pro banco e não via quem colocar para mudar o jogo. Claro, trouxe Kleberson, Grafite e que tais...
O futebol não merecia que uma seleção tão medíocre vencesse a Copa. E o mais triste é constatar isso, quando se fala de uma seleção brasileira.
(*) Jornalista esportivo e comentarista da Sportv
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