terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Produtos não transgênicos

Empresa financia cultivo de não-transgênicas

A maior processadora de soja não transgênica do país, Imcopa, é uma das empresas financiadoras do programa Soja Livre. Em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso), Abrange (Associação de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados) e outras organizações, o projeto fomenta o desenvolvimento e cultivo de novas variedades de soja convencional, livre de organismos geneticamente modificados, para assegurar ao produtor o direito de escolha entre soja convencional ou transgênica.

"Queremos garantir que o consumidor final possa decidir se deseja ou não consumir o produto transgênico", afirmou José Enrique Marti Traver, diretor de operações da Imcopa. De acordo com ele, a necessidade de um projeto dessa natureza decorre de uma distorção na legislação Brasileira que regula o mercado de sementes.

"Por um lado as sementes de produtos convencionais são enquadrados na legislação de novas cultivares (sementes), enquanto que as sementes de produtos transgênicos são enquadrados na Lei de Propriedade Intelectual, o que permite a obtenção de patentes e cobrança de royalties por um período de 10 anos", esclareceu Traver.

Na regulamentação das cultivares convencionais essa proteção não existe, o que leva os sementeiros a desenvolver sementes transgênicas, que lhes garante a propriedade intelectual e o retorno dos investimentos.
"Cerca de 90% das novas variedades de semente de soja introduzidas no mercado a cada ano são transg ênicas, o que ameaça a continuidade do produto convencional.

A médio prazo isso implicaria na extinção dessas sementes", complementou o diretor da empresa.
As empresas e entidades que participam do programa Soja Livre se comprometem a financiar, desenvolver e produzir novas e competitivas variedades de soja que se adequem às necessidades de cada região produtora.

De acordo com a processadora, as empresas participantes do projeto garantem a compra da soja não transgênica com pagamento de prêmio ao produtor.
"A iniciativa vai ao encontro dos exportadores de soja convencional e seus derivados para o mercado europeu, onde a rejeição aos trânsgênicos é mais acentuada e crescente", comentou Traver. 

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