domingo, 10 de janeiro de 2010

Mosteiro de São Bento


Mosteiro de São Bento abre alas secretas em São Paulo
O Mosteiro de São Bento sempre foi um marco histórico misterioso em São Paulo por uma razão simples: a maior parte das alas é fechada ao público e, quem vê a igreja, fica imaginando as preciosidades escondidas.

Parte desse mistério será revelado a partir do próximo dia 25, quando áreas restritas do mosteiro serão abertas pela primeira vez para uma exposição de arte contemporânea, com obras de Carlos Eduardo Uchôa, José Spaniol e Marco Giannotti.


Serão abertas salas do colégio e da faculdade, o parlatório do mosteiro e a capela do colégio, que está fechada há tanto tempo que os monges nem lembram quando foi usada pela última vez. O espaço mais restrito do mosteiro, o claustro, permanecerá fechado, mas de uma das salas da exposição será possível espiar o jardim interno, um dos locais que os monges usam para meditar.

A joia da coroa da abertura é a capela do colégio, que fica no terceiro andar do mosteiro e tem uma série de pinturas finalizadas em 1937 pelo austríaco Thomas Scheuchl. "É inacreditável que essa capela fique fechada, mas não temos estrutura para receber visitas", diz Uchôa, artista que tornou-se monge e é reitor do colégio e da faculdade São Bento.

O mosteiro ocupa um prédio em estilo eclético, construído entre 1910 e 1914, mas está no mesmo local desde 1600. "É a ordem religiosa que está no mesmo local há mais tempo na história de São Paulo", diz Nestor Goulart Reis Filho, arquiteto especializado na história da cidade. Só uma igreja que permanece no mesmo local é mais antiga que a de São Bento, segundo ele. É a da Santo Antonio, cujos registros mais antigos são de 1592. 

Nota do Blog - Para um rabiscador sessentão que faz pelo menos uns  47/48 anos que não pisa no Mosteiro de São Bento em São Paulo, não há como não sentir saudades. Afora frequentar os corredores do colégio (onde era um aluno mediano) tive oportunidade de frequentar a clausura (local de recolhimento/oração) do mosteiro já que como um oblato (aquele que inicia os primeiro estudos par se tornar um monge beneditino)  tinha acesso a praticamente todos os lugares e diante disso percorria desde os famosos sinos da Igreja, passando pelos cemitério dos padres, acompanhando pessoas ao parlatório (onde os padres e abade recebe visitas) bem como ajudando rezar missas em todos os altares da famosa Igreja de São Bento, e principalmente na Capela do Colégio , que será aberta ao público e que tem obras muito lindas pintadas entre 1930/1937. Para os leitores que moram ou que tenham acesso à São Paulo, e que puderem estar nesse dia, visitem porque vale a pena.

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