terça-feira, 30 de novembro de 2010

Guerra no Rio (6)

Depois desse conjunto de ações unificadas entre as Forças Armadas, Policia Militar e Civil do Rio de Janeiro, Policia Federal, Policia Rodoviária Federal invadindo dois dos principais morros da Cidade Maravilhosa e tendo um resultado expressivo contra o crime organizado, não somente eliminando bandidos, prendendo centenas deles, apreendendo armas, munições, drogas em toneladas como também e principalmente fazendo reinar o espírito de segurança entre esses milhares de famílias de trabalhadores que vivem nessas comunidades, há muitas coisas que ainda ficam pelo ar.

Óbvio que há necessidade de que se continue com essa repressão forte não deixando espaço para retorno, como também conceder todas as necessidades para que tais comunidades consigam ter oportunidade de vida, como escolas, hospitais, áreas de lazer, dando cidadania a essas pessoas.

Por outro lado, ficam inúmeras perguntas que parecem nunca são respondidas:

- Cadê os grandões do tráfico? Os verdadeiros chefões que nem precisam subir no morro? Onde estão todos eles?

- Quem é o responsável por todas as compras desse armamento pesado? Quem fornece e que vai lá comprar e concretizar o negócio? De que forma é pago? Não deve ser com TED bancário e nem com cartão de crédito VISA? Deve ser em dinheiro ou Real ou Dólar ou Euro. Como é feito o cambio desse dinheiro? Essa mala de dinheiro vai de navio, de carro, de trem, de avião?

- Depois de comprado e a logística? Como consegue chegar aos morros do Rio caixas e mais caixas com fuzis, metralhadoras, granadas, munição, lança-foguetes, morteiros. Como é possível passar por tantas e tantas barreiras e ninguém saber ou a conivência está em todos os setores?

- Falando em conivência, quantos e quantos políticos não se beneficiaram de dinheiro oriundo de tráfico, prostituição, jogos, em suas campanhas, será que ninguém? E os senhores juízes, promotores, advogados, quantos deles não estão chuleados nessa teia de aranha para que numa mega-operação como essa se consegue encontrar um número muito grande de armas de alto poder de destruição alem de toneladas de maconha que sabemos não cresce no alto do morro. Tantas e tantas inteligências policiais será que elas realmente não sabem de onde provém tudo isso?

- São perguntas de leigos que para andar 200 km em qualquer estrada em São Paulo ou Mato Grosso é barrado e revistado, para entrar em navios e aviões idem, afora acompanhamento por radares ultramodernos que captam de pequenos a grandes navios ou aviões.

Vamos aguardar

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