Metade das unidades de armazenamento da Conab opera com problemas ou está parada
Rural Br
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_4W054CtcLo9MfB4zXfy8oLlBIbcrO8MBuaArLUHAMewTeUTCpAhUFOD4TM-97ZaaD9nM0cFBUun2jNJCAhpU3YhqC86SL14ZguUgWsAWYL5fH3rfpdiyi9jhfW1DoQNWrWEAv5bygY8G/s1600/conab.jpg)
Metade das cerca de 140 Unidades Armazenadoras (Ua’s) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) opera com algum tipo de problema ou está parada.
A falta de armazenagem no Brasil, um dos principais problemas de infraestrutura do setor produtivo, poderia ser diferente se não fossem os seguidos erros de gestão e a falta de investimentos do governo.
Historicamente relegada ao segundo plano, principalmente no crédito, a armazenagem sempre dependeu da Conab para que os produtores pudessem estocar seus produtos e negociar a venda algum tempo após a colheita, com preços melhores.
Devido à alta da produção brasileira e à falta de investimentos, o espaço disponível se tornou insuficiente, obrigando o produtor a entregar a produção imediatamente após a colheita, mesmo com preços baixos, ou usar caminhões como silos.
Na safra 2014/2015, a produção brasileira deve chegar a 190 milhões de toneladas de grãos. Segundo o Ministério da Agricultura, a capacidade de armazenagem do país gira em torno de 140 milhões de toneladas.
A capacidade da Conab em armazéns próprios, mesmo contando as estruturas paradas, não passa das 2 milhões de toneladas.
Em Mato Grosso, dos cinco armazéns, somente o de Rondonópolis está funcionando com a capacidade total. O de Alta Floresta opera com apenas 10% da capacidade.
Os de Sinop, Sorriso e Diamantino estão parados.
No caso de Sinop, o armazém com capacidade para 27 mil toneladas não recebe produtos de agricultores há cerca de quatro anos.
O imóvel, construído na década de 80, não consegue mais atender a demanda e deve ser desativado de forma permanente até o fim do ano.
– Ele está desativado por vários anos e por varias razões. Inicialmente, eram alguns reparos que deveriam ser feitos. Hoje, com certeza absoluta, a paralisação se dá pela posição do armazém, no meio da cidade. Acredito que nessas regiões aonde o governo não consegue tocar o funcionamento deles, a Conab deveria entregá-los para a iniciativa privada, ou vendê-los – afirma o vice-presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan.
No município de Sorriso, um dos maiores produtores do Brasil, o armazém da Conab, às margens da BR-163, está parado há cerca de seis anos.
A UA, com capacidade para 46 mil toneladas, está totalmente ultrapassada e não tem mais como operar.
No terreno vizinho, uma empresa particular, com um terreno dois terços menor do que o pertencente ao governo, armazena mais de 400 mil toneladas. – Infelizmente, a estrutura está parada, se deteriorando há vários anos.
O pior são os funcionários pagos pelo governo, há vários anos que não recebem nenhum produto.
Hoje, para voltar a funcionar, o armazém terá que passar por uma reforma geral – destaca o presidente do Sindicato Rural de Sorriso e Delegado da Aprosoja-MT, Laércio Lenz.
Ao todo, a Conab possui 261 imóveis em todo o Brasil.
Destes, mais da metade está com problema: abandonados, invadidos, velhos, operando abaixo da capacidade ou sem conseguir atender a demanda de sua região.
Em Maceió, por exemplo, um imóvel na rua Tabapuã, no bairro Jacintinho, guarda bens da Secretaria de Agricultura e a Conab mantém um empregado para proteger a estrutura.
Em São Félix das Balsas, no Maranhão, a estatal possui um terreno na Avenida Aeroporto. Segundo informações da própria Conab, o terreno está cercado, desocupado e sem vigilância.
No mesmo Estado, em Fortaleza dos Nogueiras, a estatal possui um terreno às margens da BR-330 que está invadido e foi loteado.
Em Pindaré-Mirim, também no Maranhão, os dois imóveis da estatal na cidade não estão em uso por ela. Um foi tomado pela prefeitura, que chegou a construir uma praça no local. O outro, na rua do trilho, foi invadido.
Questionado sobre esses problemas, o superintendente de Armazenamento da Conab, Rafael Bueno, diz que a estatal não deixou de investir na sua estrutura nos últimos anos. – Nós últimos cinco anos, foram investidos R$ 20 milhões na estrutura da Conab.
Além disso, o governo vai disponibilizar crédito para construção de armazéns particulares com R$ 5 bilhões por ano durante cinco anos.
Houve agora um aporte maior de investimentos na rede da Conab, de R$ 50 milhões para reforma e modernização de mais de 70 unidades, e também R$ 350 milhões para a construção de 10 novos armazéns – aponta Bueno.
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Metade das cerca de 140 Unidades Armazenadoras (Ua’s) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) opera com algum tipo de problema ou está parada.
A falta de armazenagem no Brasil, um dos principais problemas de infraestrutura do setor produtivo, poderia ser diferente se não fossem os seguidos erros de gestão e a falta de investimentos do governo.
Historicamente relegada ao segundo plano, principalmente no crédito, a armazenagem sempre dependeu da Conab para que os produtores pudessem estocar seus produtos e negociar a venda algum tempo após a colheita, com preços melhores.
Devido à alta da produção brasileira e à falta de investimentos, o espaço disponível se tornou insuficiente, obrigando o produtor a entregar a produção imediatamente após a colheita, mesmo com preços baixos, ou usar caminhões como silos.
Na safra 2014/2015, a produção brasileira deve chegar a 190 milhões de toneladas de grãos. Segundo o Ministério da Agricultura, a capacidade de armazenagem do país gira em torno de 140 milhões de toneladas.
A capacidade da Conab em armazéns próprios, mesmo contando as estruturas paradas, não passa das 2 milhões de toneladas.
Em Mato Grosso, dos cinco armazéns, somente o de Rondonópolis está funcionando com a capacidade total. O de Alta Floresta opera com apenas 10% da capacidade.
Os de Sinop, Sorriso e Diamantino estão parados.
No caso de Sinop, o armazém com capacidade para 27 mil toneladas não recebe produtos de agricultores há cerca de quatro anos.
O imóvel, construído na década de 80, não consegue mais atender a demanda e deve ser desativado de forma permanente até o fim do ano.
– Ele está desativado por vários anos e por varias razões. Inicialmente, eram alguns reparos que deveriam ser feitos. Hoje, com certeza absoluta, a paralisação se dá pela posição do armazém, no meio da cidade. Acredito que nessas regiões aonde o governo não consegue tocar o funcionamento deles, a Conab deveria entregá-los para a iniciativa privada, ou vendê-los – afirma o vice-presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan.
No município de Sorriso, um dos maiores produtores do Brasil, o armazém da Conab, às margens da BR-163, está parado há cerca de seis anos.
A UA, com capacidade para 46 mil toneladas, está totalmente ultrapassada e não tem mais como operar.
No terreno vizinho, uma empresa particular, com um terreno dois terços menor do que o pertencente ao governo, armazena mais de 400 mil toneladas. – Infelizmente, a estrutura está parada, se deteriorando há vários anos.
O pior são os funcionários pagos pelo governo, há vários anos que não recebem nenhum produto.
Hoje, para voltar a funcionar, o armazém terá que passar por uma reforma geral – destaca o presidente do Sindicato Rural de Sorriso e Delegado da Aprosoja-MT, Laércio Lenz.
Ao todo, a Conab possui 261 imóveis em todo o Brasil.
Destes, mais da metade está com problema: abandonados, invadidos, velhos, operando abaixo da capacidade ou sem conseguir atender a demanda de sua região.
Em Maceió, por exemplo, um imóvel na rua Tabapuã, no bairro Jacintinho, guarda bens da Secretaria de Agricultura e a Conab mantém um empregado para proteger a estrutura.
Em São Félix das Balsas, no Maranhão, a estatal possui um terreno na Avenida Aeroporto. Segundo informações da própria Conab, o terreno está cercado, desocupado e sem vigilância.
No mesmo Estado, em Fortaleza dos Nogueiras, a estatal possui um terreno às margens da BR-330 que está invadido e foi loteado.
Em Pindaré-Mirim, também no Maranhão, os dois imóveis da estatal na cidade não estão em uso por ela. Um foi tomado pela prefeitura, que chegou a construir uma praça no local. O outro, na rua do trilho, foi invadido.
Questionado sobre esses problemas, o superintendente de Armazenamento da Conab, Rafael Bueno, diz que a estatal não deixou de investir na sua estrutura nos últimos anos. – Nós últimos cinco anos, foram investidos R$ 20 milhões na estrutura da Conab.
Além disso, o governo vai disponibilizar crédito para construção de armazéns particulares com R$ 5 bilhões por ano durante cinco anos.
Houve agora um aporte maior de investimentos na rede da Conab, de R$ 50 milhões para reforma e modernização de mais de 70 unidades, e também R$ 350 milhões para a construção de 10 novos armazéns – aponta Bueno.
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