segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Fruta camu-camu

Doença de Alzheimer - Instituto da Memória e Núcleo de Envelhecimento Cerebral/NUDEC  

Fruta da Amazônia, camu-camu é rica em vitamina C 
Ela também possui aminoácidos e flavanóides. 

Arbusto que nasce em quase toda a Amazônia, o fruto da planta chamada de camu-camu tem alto valor nutritivo. Suas frutas são em forma de bolinhas vermelho-escuras recobertas por uma casca opaca, dura e grossa, com uma fina camada que parece uma penugem. 

Com 10 a 32 mm de diâmetro, o camu-camu tem elevada acidez e por causa de seu gosto forte, dificilmente é consumida na forma natural. Na Amazônia, onde é bastante usada, ela é utilizada no preparo de refresco, sorvete, picolé, geleia, doce, licor ou em tortas. O camu-camu possui um elevado teor de vitamina C (2606 mg por 100g de fruto). 

Seu teor de vitamina C é tão poderoso que ultrapassa o da laranja e da acerola. O camu-camu tem seis vezes mais vitamina C que a laranja e por causa disso, ela tem sido transformada em tabletes. 

O ácido ascórbico (vitamina C) contido na camu-camu atua na síntese de colágeno e vem sendo aproveitada na indústria de cosméticos. Os flavanóides contidos nela têm propriedades antimutagênicas e atuam na prevenção do câncer. 

É gostoso consumir: 
Quer uma dica de como consumir camu-camu? Faça um suco. Como o sabor é bastante ácido, utilize entre 10 e 15 frutas para cada litro de água. Desse modo, a concentração fica mais diluída. Bata no liquidificador, coe e adoce a gosto. Depois é só tomar esse suco refrescante e ter a certeza de que, pelo menos em termos de vitamina C, seu organismo está bem suprido. 

De acordo com a engenheira de alimentos Rosalinda Pinedo, a elevada concentração de compostos nutracêuticos do camu-camu apresenta uma grande gama de efeitos biológicos. A vitamina C e outros compostos fenólicos presentes no camucamu, como as antocianinas, contribuem para promover: 
* ações antioxidantes 
* ações antimicrobianas 
* ações antiinflamatórias 
* ações vasodilatadoras 

Amargo que faz bem:  
Apesar de sua origem, o consumo da fruta pela população amazonense não faz parte do hábito alimentar regular. É o que conta a nutróloga Isolda Prado Maduro, que também é professora no curso de Medicina da Universidade Federal do Amazonas. 

Ela entende que o amargor explica essa dificuldade do camu-camu. Porém, indica alternativas que já são consumidas, como picolés, sucos, néctar (obtidos pela mistura de polpa, açúcar e água, homogeneizado e pasteurizado), geleias, refrescos e sorvetes. 

Como lembra a pesquisadora Rosalinda Pinedo, o pH baixo da fruta facilita seu processamento agroindustrial, pois protege-a da atuação de microrganismos patogênicos. 

E, se a acidez dificulta o consumo in natura, "é desejável no processamento de suco. Pois o sabor acentuado permite diluí-lo mais e obter maior rendimento", observa Rosalinda. 

São como bolinhas de gude vermelho-escuras. Mas, ao invés do brilho de vidro, elas são recobertas por uma casca opaca, dura e grossa, com uma fina camada que parece uma penugem. Por cima, uma coroinha de minúsculas folhas cobrindo a careca do rei. O rei da vitamina C. Essa fruta amazônica é bastante cultivada no Peru, tem chamado cada vez mais atenção no Estado de São Paulo e anda fazendo muitas viagens ao Japão. Poliglota desse jeito, mas ainda pouco conhecida, a fruta do camu-camu escorre sua polpa cor de púrpura em sucos, geleias, refrescos. Se a cor é atrativa, o gosto da fruta in natura não agrada qualquer paladar. Muito ácida e amarga, especialmente quando comida com casca, motiva seu aproveitamento em formas de preparo nas quais o beneficiamento da fruta transforma a bolinha de gude amarga em receitas para o café da tarde ou aperitivos. Uma de suas metamorfoses resulta em tabletes e cápsulas de vitamina C. Afinal, estamos falando da fruta com o maior teor dessa vitamina em todo o mundo. 

A mais vitaminada  
Tradicionalmente indicada como importante fornecedora de vitamina C, a laranja passou bastante tempo sendo a prescrição mais popular para aumentar a resistência do organismo. Depois, com o crescimento do consumo da acerola, essa fruta perdeu seu posto. Afinal, com um teor de vitamina C entre 1 g e 1,3 g para cada 100 g de polpa, a acerola passa voando sobre os cerca de 0,52 g para cada 100 g de laranja. 

Mas as pesquisas feitas com o camucamu encontraram teores ainda mais impressionantes dessa vitamina, pois, em média, cada 100 g da polpa de camu-camu contém 2,5 g de vitamina C. Já foram encontradas concentrações superiores a 6 g nessa mesma quantidade. Com um teor de vitamina C que geralmente é o dobro da acerola e seis vezes mais do que a laranja, essa bolinha de gude tem a força de um canhão. "Não existe outra fruta, conhecida até o momento no mundo, com maior teor de vitamina C do que o camu-camu", confirma a engenheira de alimentos Rosalinda Arévalo Pinedo, que realizou seu doutorado sobre a fruta na Faculdade de Engenharia Química da Unicamp. 

E Rosalinda chama atenção para uma parte da fruta que merece os devidos méritos além da polpa. "O teor de ácido ascórbico (vitamina C) presente na casca é surpreendentemente alto. Em análises realizadas, encontramos um teor de 3,979 g na casca para cada 100 g da fruta. E essa constatação ainda não recebeu a devida consideração dos pesquisadores", revela.

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