Paulo Costa (*) para Revista Exame Blog BioAgroEnergia
A notícia:
“A decisão do governo federal de não autorizar a Petrobras a reajustar o preço dos combustíveis, como forma de evitar pressão nos indicadores inflacionários, continua prejudicando a estatal. No segundo trimestre, a área de Abastecimento amargou prejuízode R$ 3,883 bilhões, resultado 54,8% mais adverso do que o prejuízo de R$ 2,509 bilhões reportado no mesmo período do ano passado. Esses números ajudam a explicar a queda de 20% do lucro líquido da estatal na comparação entre segundos trimestres, para R$ 4,959 bilhões, a despeito do maior volume de produção de petróleo e gás natural.
O descasamento de preços entre os valores praticados pela Petrobras no Brasil e aqueles pagos pela gasolina e o diesel no exterior foi agravado pelo dólar mais valorizado.
Para piorar, a estatal precisou importar 55,9% mais derivados de petróleo (principalmente gasolina e diesel) durante o segundo trimestre.”
(Fonte: André Magnabosco, do Estadão encontrado em Exame.com)
O comentário:
Quatro dias atrás o ministro Mantega, em entrevista à Reuters, comentou que o gato subiu no telhado, quer dizer que “pode haver um novo aumento no preço da gasolina ainda este ano”.
Ao findar a semana são anunciados os decepcionantes resultados trimestrais da Petrobras, mesma data em que o IBGE publica que a inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou de junho para julho passando de 0,4% para 0,01% e trazendo o índice anualizado para 6,5%, dentro da meta do Governo.
Ao mesmo tempo, com um viés eleitoreiro, a Presidenta Dilma avisa que a indústria automobilística está em fase final de testes para aceitar o aumento da mistura do etanol anidro na gasolina, de 25 para 27,5% (coisa que toda mundo sabe, assim como se sabe que o setor automotivo é contra este aumento!).
Ora, assim como dois mais dois são quatro, não é preciso ter inteligência privilegiada para se perceber que dentro em breve teremos novos preços para os combustíveis.
Todo este jogo de cena em difícil ano eleitoral é montado para evitar a grita dos eleitores, que em período de estagflação vão ter que aceitar novos preços para os combustíveis, em particular para a gasolina.
Um possível aumento da mistura de etanol teria a contrapartida para o Governo de acariciar o segmento sucro-alcooleiro, respirando por aparelhos, bem como amenizar o valor a ser aumentado nos preços das bombas.
Para quando será é a única dúvida que fica no mercado.
(*) Consultor em agronegócios e bioenergia.
A notícia:
“A decisão do governo federal de não autorizar a Petrobras a reajustar o preço dos combustíveis, como forma de evitar pressão nos indicadores inflacionários, continua prejudicando a estatal. No segundo trimestre, a área de Abastecimento amargou prejuízode R$ 3,883 bilhões, resultado 54,8% mais adverso do que o prejuízo de R$ 2,509 bilhões reportado no mesmo período do ano passado. Esses números ajudam a explicar a queda de 20% do lucro líquido da estatal na comparação entre segundos trimestres, para R$ 4,959 bilhões, a despeito do maior volume de produção de petróleo e gás natural.
O descasamento de preços entre os valores praticados pela Petrobras no Brasil e aqueles pagos pela gasolina e o diesel no exterior foi agravado pelo dólar mais valorizado.
Para piorar, a estatal precisou importar 55,9% mais derivados de petróleo (principalmente gasolina e diesel) durante o segundo trimestre.”
(Fonte: André Magnabosco, do Estadão encontrado em Exame.com)
O comentário:
Quatro dias atrás o ministro Mantega, em entrevista à Reuters, comentou que o gato subiu no telhado, quer dizer que “pode haver um novo aumento no preço da gasolina ainda este ano”.
Ao findar a semana são anunciados os decepcionantes resultados trimestrais da Petrobras, mesma data em que o IBGE publica que a inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou de junho para julho passando de 0,4% para 0,01% e trazendo o índice anualizado para 6,5%, dentro da meta do Governo.
Ao mesmo tempo, com um viés eleitoreiro, a Presidenta Dilma avisa que a indústria automobilística está em fase final de testes para aceitar o aumento da mistura do etanol anidro na gasolina, de 25 para 27,5% (coisa que toda mundo sabe, assim como se sabe que o setor automotivo é contra este aumento!).
Ora, assim como dois mais dois são quatro, não é preciso ter inteligência privilegiada para se perceber que dentro em breve teremos novos preços para os combustíveis.
Todo este jogo de cena em difícil ano eleitoral é montado para evitar a grita dos eleitores, que em período de estagflação vão ter que aceitar novos preços para os combustíveis, em particular para a gasolina.
Um possível aumento da mistura de etanol teria a contrapartida para o Governo de acariciar o segmento sucro-alcooleiro, respirando por aparelhos, bem como amenizar o valor a ser aumentado nos preços das bombas.
Para quando será é a única dúvida que fica no mercado.
(*) Consultor em agronegócios e bioenergia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário