Paulo Costa (*) para o Blog BioAgroEnergia da revista Exame
A notícia:
“Valor: Qual discurso Marina deve assumir para conquistar setores que têm resistência a ela, no meio empresarial e no agronegócio, por exemplo?
Jarbas : Pelo que conversei com Marina, pelo que li dela e pelo que a conheço, Marina não é contra o agronegócio. Ela tem que explicar a questão do agronegócio, que nunca foi bem explicada. Pode colocar na minha boca a frase que eu queria que Eduardo dissesse: ninguém pode ganhar eleição sem o agronegócio nem ninguém administra o Brasil sem o agronegócio. Eu havia pedido ao Eduardo para cunhar essa frase.
Valor: Mas ele não chegou a ser tão explícito…
Jarbas: Acho que não faz mal nenhum que agora isso seja esclarecido. Mesmo que não seja ela, mas que a linha do programa eleitoral seja essa.”
(Fonte: trecho de entrevista concedida ao Valor Econômico pelo Senador Jarbas Vasconcelos*, do PMDB-PE e aliado do falecido candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, do PSB-PE)
O comentário:
Aparentemente Marina Silva será indicada pela coligação que sustentava a candidatura presidencial de Eduardo Campos para ocupar a cabeça de chapa, escolhendo-se um nome do PSB para secundá-la na candidatura à Vice-Presidência.
A grande questão que foi colocada ao discutir o acerto desta inesperada circunstância que gerou o debate é justamente a relação conturbada que Marina teve com o agronegócio, particularmente durante sua longa gestão (01-01-2003 a 13-05-2008) como Ministra do Meio Ambiente no governo Lula.
Para BioAgroEnergia, neste momento esta questão é irrelevante.
Nos parece que a grande maioria dos participantes do setor agro brasileiro está bem fechada com o candidato Aécio Neves e mais ainda ansioso para ver a não renovação do mandato de Dilma.
Um segundo turno entre Aécio e Marina, possibilidade que já passar a ser considerada, apressadamente, por certos analistas políticos, seria o sonho do agronegócio.
Tem Marina Silva, portanto e se realmente confirmada como candidata, tempo para mostrar uma nova “cara”, agora alicerçada pelo PSB, ao mais importante setor da economia brasileira.
(*) Jarbas Vasconcelos é figura histórica no processo de redemocratização do Brasil, tendo sido prefeito de Recife, governador de Pernambuco, deputado estadual e federal e agora Senador da República. Sua relação política com Miguel Arraes, aliado no processo das “Diretas Já” foi conturbada e culminou no rompimento com o neto de Arraes, justamente Eduardo Campos. Em 2012 veio a reconciliação para juntos elegerem o atual prefeito de Recife, Geraldo Julio. Jarbas tornou-se um forte conselheiro de Eduardo Campos para estas eleições presidenciais, embora pertencendo ao PMDB, teoricamente partido da base da candidata e Presidenta da República Dilma Rousseff.
(*) É consultor em agronegócios e bioenergia.
A notícia:
“Valor: Qual discurso Marina deve assumir para conquistar setores que têm resistência a ela, no meio empresarial e no agronegócio, por exemplo?
Jarbas : Pelo que conversei com Marina, pelo que li dela e pelo que a conheço, Marina não é contra o agronegócio. Ela tem que explicar a questão do agronegócio, que nunca foi bem explicada. Pode colocar na minha boca a frase que eu queria que Eduardo dissesse: ninguém pode ganhar eleição sem o agronegócio nem ninguém administra o Brasil sem o agronegócio. Eu havia pedido ao Eduardo para cunhar essa frase.
Valor: Mas ele não chegou a ser tão explícito…
Jarbas: Acho que não faz mal nenhum que agora isso seja esclarecido. Mesmo que não seja ela, mas que a linha do programa eleitoral seja essa.”
(Fonte: trecho de entrevista concedida ao Valor Econômico pelo Senador Jarbas Vasconcelos*, do PMDB-PE e aliado do falecido candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, do PSB-PE)
O comentário:
Aparentemente Marina Silva será indicada pela coligação que sustentava a candidatura presidencial de Eduardo Campos para ocupar a cabeça de chapa, escolhendo-se um nome do PSB para secundá-la na candidatura à Vice-Presidência.
A grande questão que foi colocada ao discutir o acerto desta inesperada circunstância que gerou o debate é justamente a relação conturbada que Marina teve com o agronegócio, particularmente durante sua longa gestão (01-01-2003 a 13-05-2008) como Ministra do Meio Ambiente no governo Lula.
Para BioAgroEnergia, neste momento esta questão é irrelevante.
Nos parece que a grande maioria dos participantes do setor agro brasileiro está bem fechada com o candidato Aécio Neves e mais ainda ansioso para ver a não renovação do mandato de Dilma.
Um segundo turno entre Aécio e Marina, possibilidade que já passar a ser considerada, apressadamente, por certos analistas políticos, seria o sonho do agronegócio.
Tem Marina Silva, portanto e se realmente confirmada como candidata, tempo para mostrar uma nova “cara”, agora alicerçada pelo PSB, ao mais importante setor da economia brasileira.
(*) Jarbas Vasconcelos é figura histórica no processo de redemocratização do Brasil, tendo sido prefeito de Recife, governador de Pernambuco, deputado estadual e federal e agora Senador da República. Sua relação política com Miguel Arraes, aliado no processo das “Diretas Já” foi conturbada e culminou no rompimento com o neto de Arraes, justamente Eduardo Campos. Em 2012 veio a reconciliação para juntos elegerem o atual prefeito de Recife, Geraldo Julio. Jarbas tornou-se um forte conselheiro de Eduardo Campos para estas eleições presidenciais, embora pertencendo ao PMDB, teoricamente partido da base da candidata e Presidenta da República Dilma Rousseff.
(*) É consultor em agronegócios e bioenergia.
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