Jornal da Tarde/São Paulo
Além de atender a demanda da capital, o Hospital de Transplantes recebe gente do País todo. Mais de 30% dos casos atendidos na instituição vêm de outros Estados, sobretudo de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Um desses pacientes é o carioca Caio César Pedrosa Souza, de apenas 3 anos, que recebeu a medula óssea doada por seu irmão, de 12 anos. Em seu Estado de origem, a espera pelo procedimento poderia chegar a cinco meses. Por aqui, em pouco mais de uma semana o garoto estava transplantado.
São Paulo tem um papel primordial nos transplantes de medula feitos no País. O Estado é responsável por cerca de um quarto de todos os transplantes de medula feitos no Brasil. Em 2010, por exemplo, São Paulo realizou 417 dos 1.695 procedimentos registrados em âmbito nacional.
“Ainda há carência no atendimento hematológico em todo o País”, lembra a médica Leila Perobelli, coordenadora do Serviço de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital de Transplantes. A instituição realiza dois tipos de transplantes de medula: os autólogos, quando as células transplantadas são provenientes do próprio paciente, e os alogênicos com doadores aparentados (da família).
Já o Hospital Amaral Carvalho (HAC), de Jaú, responsável por quase metade dos procedimentos feitos no Estado, realiza ainda transplantes de medula alogênicos com doadores não aparentados, uma técnica mais complexa do que as outras duas. Lá, pacientes vindos de outros Estados são maioria.
“A grande massa vem do Norte e do Nordeste, principalmente de Fortaleza (CE), São Luís (MA) e Manaus (AM)”, diz o hematologista Mair Pedro de Souza, um dos coordenadores do Serviço de Transplante de Medula Óssea do HAC.
“No Norte do Brasil não há centros fazendo transplantes. No Nordeste existem alguns que estão trabalhando para aumentar a capacidade de trabalho. É fundamental que o doente tenha alternativas na própria região onde mora”, observa Souza. Ele acrescenta que o número de leitos destinados a transplantes de doadores não aparentados é estacionário no País por causa da complexidade da técnica. O HAC realiza, em média, 200 transplantes anualmente Depoimento
Caio Souza foi diagnosticado com uma leucemia aguda em abril de 2011, quando tinha apenas 2 anos de idade. “Tudo começou com uma paralisia facial três meses antes”, conta sua mãe, a inspetora penitenciária Kátia Pedrosa, de 37 anos. Os exames de sangue mostravam uma quantidade de plaquetas muito baixa. Testes mais elaborados comprovaram a suspeita: era mesmo câncer.
O caso, diziam os médicos, era de alto risco. Foi então que seu irmão, de 12 anos, passou por testes para saber se poderia ser um doador de medula para o caçula. Para alívio de toda a família, os meninos eram compatíveis. Mas Katia recebeu a notícia de que, se o filho fizesse o procedimento no Rio de Janeiro, teria de esperar até cinco meses. A solução foi encaminhar os irmãos para o Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo. “Foi muito rápido, de uma semana para outra”, conta.
Já faz mais de um mês que Caio recebeu a medula do irmão. Agora, ele e sua mãe se preparam para voltar ao Rio de Janeiro. “Fomos muito bem acolhidos, a equipe de enfermagem foi muito atenciosa. Tem muita gente precisando dessa oportunidade”, afirma.
O Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo Dr. Euryclides de Jesus Zerbini está preparado para realizar neste ano 96 transplantes, 77% a mais do que os 54 procedimentos feitos em 2011. Para poder aumentar sua capacidade de atendimento, a instituição ganhou mais duas clínicas especializadas em doenças onco-hematológicas – no total, são oito. Hoje, a enfermaria da unidade já é a maior especializada em hematologia da rede pública estadual.
Além de atender a demanda da capital, o Hospital de Transplantes recebe gente do País todo. Mais de 30% dos casos atendidos na instituição vêm de outros Estados, sobretudo de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Um desses pacientes é o carioca Caio César Pedrosa Souza, de apenas 3 anos, que recebeu a medula óssea doada por seu irmão, de 12 anos. Em seu Estado de origem, a espera pelo procedimento poderia chegar a cinco meses. Por aqui, em pouco mais de uma semana o garoto estava transplantado.
São Paulo tem um papel primordial nos transplantes de medula feitos no País. O Estado é responsável por cerca de um quarto de todos os transplantes de medula feitos no Brasil. Em 2010, por exemplo, São Paulo realizou 417 dos 1.695 procedimentos registrados em âmbito nacional.
“Ainda há carência no atendimento hematológico em todo o País”, lembra a médica Leila Perobelli, coordenadora do Serviço de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital de Transplantes. A instituição realiza dois tipos de transplantes de medula: os autólogos, quando as células transplantadas são provenientes do próprio paciente, e os alogênicos com doadores aparentados (da família).
Já o Hospital Amaral Carvalho (HAC), de Jaú, responsável por quase metade dos procedimentos feitos no Estado, realiza ainda transplantes de medula alogênicos com doadores não aparentados, uma técnica mais complexa do que as outras duas. Lá, pacientes vindos de outros Estados são maioria.
“A grande massa vem do Norte e do Nordeste, principalmente de Fortaleza (CE), São Luís (MA) e Manaus (AM)”, diz o hematologista Mair Pedro de Souza, um dos coordenadores do Serviço de Transplante de Medula Óssea do HAC.
“No Norte do Brasil não há centros fazendo transplantes. No Nordeste existem alguns que estão trabalhando para aumentar a capacidade de trabalho. É fundamental que o doente tenha alternativas na própria região onde mora”, observa Souza. Ele acrescenta que o número de leitos destinados a transplantes de doadores não aparentados é estacionário no País por causa da complexidade da técnica. O HAC realiza, em média, 200 transplantes anualmente Depoimento
Caio Souza foi diagnosticado com uma leucemia aguda em abril de 2011, quando tinha apenas 2 anos de idade. “Tudo começou com uma paralisia facial três meses antes”, conta sua mãe, a inspetora penitenciária Kátia Pedrosa, de 37 anos. Os exames de sangue mostravam uma quantidade de plaquetas muito baixa. Testes mais elaborados comprovaram a suspeita: era mesmo câncer.
O caso, diziam os médicos, era de alto risco. Foi então que seu irmão, de 12 anos, passou por testes para saber se poderia ser um doador de medula para o caçula. Para alívio de toda a família, os meninos eram compatíveis. Mas Katia recebeu a notícia de que, se o filho fizesse o procedimento no Rio de Janeiro, teria de esperar até cinco meses. A solução foi encaminhar os irmãos para o Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo. “Foi muito rápido, de uma semana para outra”, conta.
Já faz mais de um mês que Caio recebeu a medula do irmão. Agora, ele e sua mãe se preparam para voltar ao Rio de Janeiro. “Fomos muito bem acolhidos, a equipe de enfermagem foi muito atenciosa. Tem muita gente precisando dessa oportunidade”, afirma.
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