A explicação para Ronaldinho desmoralizar o Flamengo está no contrato. Não há cláusulas de punição. O clube está de mãos amarradas. Daí, as farras. Por isso Joel Santana chora…
Ganha para ver e fingir que não enxerga.
Principalmente o que acontece com Ronaldinho Gaúcho.
Não pode desvalorizar o maior investimento do clube.
A estrela internacional.
Era esse caminho que Vanderlei Luxemburgo não queria trilhar.
Só que ele resolveu enfrentar o mostro da Gávea.
Pagou por isso.
E acabou recebendo o indesejável bilhete azul, o da demissão.
Seu clube de coração o enxotou.
O ex-presidente Márcio Braga define bem a situação.
"Patricia Amorim ficou empolgada com a contratação do Ronaldinho.
Se perdeu.
Acreditou ter acertado na loteria.
Pensou que conseguiria trazer milhões ao clube.
Ganhar todos os títulos.
E garantir a reeleição.
Confundiu futebol com natação.
Ele não é César Cielo.
E não protegeu o Flamengo contra Ronaldinho.
O que o dirigente diz a conselheiros do clube teve a melhor tradução nesta quarta-feira. A revelação é patética.
O Flamengo está há cerca de um mês 'de férias'.
Não chegou às finais do Campeonato Carioca.
E ainda caiu na primeira fase da Libertadores.
A presidente preferiu não buscar amistosos.
Deixou o período para Joel remontar o time.
E fazer o elenco trabalhar muito.
Principalmente a sua maior estrela.
Tudo ia sob aparente controle, até que chegou a quarta-feira pela manhã.
Ronaldinho chegou ao clube no horário, com os seus seguranças.
Disse que estava com dores musculares e que não poderia treinar.
Queria ir para o departamento médico ou para casa.
Zinho, o novo diretor de futebol, usou toda a sua manha de ex-jogador.
Foi conversar com Ronaldinho Gaúcho para saber o que havia acontecido.
Ele sentiu que o jogador aparentava estar sob o efeito de álcool.
Percebeu que, provavelmente, havia emendado a noite com o dia.
E tudo o que queria era dormir.
Zinho não quis nem saber.
Não poderia ser desmoralizado.
Mandou que participasse do treinamento de qualquer maneira.
E lá foi ele dar umas voltas burocráticas em volta do campo.
Era o máximo que poderia fazer.
Enquanto isso, Joel dava um coletivo e preparava o time para a estreia no Brasileiro contra o Sport.
Os jogadores perceberam o que acontecia.
Ronaldinho Gaúcho não foi punido.
E ficou outra vez explícito ao time os privilégios que ele tem.
Quem decidir ir para a festa, beber e não dormir, pode fazer.
O máximo que acontece é ser obrigado a dar umas voltinhas ao redor do campo.
Não há punição, afastamento, punição.
Seus salários atrasam graças à uma briga com a Traffic.
E ele faz a festa.
Sabe que vai receber no futuro.
Milionário não se preocupa.
E se diverte com suas festas que viram a noite...
A direção chegou ao vexame de distribuir uma cartilha de boa conduta.
Ela foi feita pensando em Ronaldinho Gaúcho.
Mas acabou entregue a todo o grupo de jogadores para disfarçar.
Não é preciso escrever que ela foi um fracasso.
Pior para Joel, que outra vez vê a sua figura de comandante ser desmoralizada.
Era tudo o que Luxemburgo tentava evitar ao flagrar Ronaldinho com uma mulher na concentração.
Quando Márcio Braga afirma que o Flamengo não se protegeu do ídolo sabe o que diz.
Não há nada no contrato entre ele o clube que prevê multas, punições ou demissão sumária.
Muito pelo contrário.
No contrato que vale até 2015, sim, até 2015, só o salário de R$ 1,250 milhão mensal.
Ele já recebe esse salário há um ano e meio.
Em conta simples: ele já custou ao Flamengo nada menos do que R$ 22,5 milhões.
E a multa absurda de R$ 400 milhões caso alguém queira contratá-lo.
Não é por acaso que patrocinadores fogem do clube da Gávea.
E principalmente de projetos envolvendo Ronaldinho Gaúcho.
O projeto já se mostrou um fracasso.
Projeções apontam que hoje ele valeria pouco mais de R$ 6 milhões.
Isso pela fama, pelo passado.
Com a chegada de Marin na CBF, Mano não vai mais convocá-lo.
É uma determinação do presidente.
Uma ordem.
Não quer que ele 'contamine' o grupo de jovens atletas.
Marin ficou revoltado ao saber que ele tinha chances de ir para a Olimpíada.
Cortou qualquer possibilidade.
A notícia que chegou aparentemente alcoolizado à Gávea é mais um triste capítulo. Patricia Amorim não se preveniu e não há como dispensar o jogador sem pagar até o último dia do seu contrato.
Por isso vai fazer um contrato de risco com Adriano.
Compensar com ele tudo o que fez de errado com Ronaldinho.
Qualquer piscada, o ex-corintiano poderá ser dispensado sem receber um tostão.
Ele está avisado do seu contrato de risco.
Enquanto isso, o Flamengo vai sofrendo com Ronaldinho Gaúcho.
Poucas vezes na história um jogador prejudicou um clube de maneira tão clara.
E os dirigentes não reagem.
Não tem como reagir.
Muito pelo contrário.
Foram amarrados pela empolgação da contratação.
Patricia estava orgulhosa por vencer o leilão com Grêmio, Palmeiras e Corinthians.
E agora? Só resta esperar.
Assistir de camarote onde tudo isso vai terminar.
Os vexames se sucedem.
São cada vez piores.
A cada revelação fica mais fácil entender porque Joel Santana chora...
(*) Jornalista e comentarista esportivo
Joel Santana já chorou ao falar do Flamengo.
Foi constrangedor.
De dar pena...
As lágrimas mostraram o quanto ele está amarrado.
Ganha para ver e fingir que não enxerga.
Principalmente o que acontece com Ronaldinho Gaúcho.
Não pode desvalorizar o maior investimento do clube.
A estrela internacional.
Era esse caminho que Vanderlei Luxemburgo não queria trilhar.
Só que ele resolveu enfrentar o mostro da Gávea.
Pagou por isso.
E acabou recebendo o indesejável bilhete azul, o da demissão.
Seu clube de coração o enxotou.
O ex-presidente Márcio Braga define bem a situação.
"Patricia Amorim ficou empolgada com a contratação do Ronaldinho.
Se perdeu.
Acreditou ter acertado na loteria.
Pensou que conseguiria trazer milhões ao clube.
Ganhar todos os títulos.
E garantir a reeleição.
Confundiu futebol com natação.
Ele não é César Cielo.
E não protegeu o Flamengo contra Ronaldinho.
O que o dirigente diz a conselheiros do clube teve a melhor tradução nesta quarta-feira. A revelação é patética.
O Flamengo está há cerca de um mês 'de férias'.
Não chegou às finais do Campeonato Carioca.
E ainda caiu na primeira fase da Libertadores.
A presidente preferiu não buscar amistosos.
Deixou o período para Joel remontar o time.
E fazer o elenco trabalhar muito.
Principalmente a sua maior estrela.
Tudo ia sob aparente controle, até que chegou a quarta-feira pela manhã.
Ronaldinho chegou ao clube no horário, com os seus seguranças.
Disse que estava com dores musculares e que não poderia treinar.
Queria ir para o departamento médico ou para casa.
Zinho, o novo diretor de futebol, usou toda a sua manha de ex-jogador.
Foi conversar com Ronaldinho Gaúcho para saber o que havia acontecido.
Ele sentiu que o jogador aparentava estar sob o efeito de álcool.
Percebeu que, provavelmente, havia emendado a noite com o dia.
E tudo o que queria era dormir.
Zinho não quis nem saber.
Não poderia ser desmoralizado.
Mandou que participasse do treinamento de qualquer maneira.
E lá foi ele dar umas voltas burocráticas em volta do campo.
Era o máximo que poderia fazer.
Enquanto isso, Joel dava um coletivo e preparava o time para a estreia no Brasileiro contra o Sport.
Os jogadores perceberam o que acontecia.
Ronaldinho Gaúcho não foi punido.
E ficou outra vez explícito ao time os privilégios que ele tem.
Quem decidir ir para a festa, beber e não dormir, pode fazer.
O máximo que acontece é ser obrigado a dar umas voltinhas ao redor do campo.
Não há punição, afastamento, punição.
Seus salários atrasam graças à uma briga com a Traffic.
E ele faz a festa.
Sabe que vai receber no futuro.
Milionário não se preocupa.
E se diverte com suas festas que viram a noite...
A direção chegou ao vexame de distribuir uma cartilha de boa conduta.
Ela foi feita pensando em Ronaldinho Gaúcho.
Mas acabou entregue a todo o grupo de jogadores para disfarçar.
Não é preciso escrever que ela foi um fracasso.
Pior para Joel, que outra vez vê a sua figura de comandante ser desmoralizada.
Era tudo o que Luxemburgo tentava evitar ao flagrar Ronaldinho com uma mulher na concentração.
Quando Márcio Braga afirma que o Flamengo não se protegeu do ídolo sabe o que diz.
Não há nada no contrato entre ele o clube que prevê multas, punições ou demissão sumária.
Muito pelo contrário.
No contrato que vale até 2015, sim, até 2015, só o salário de R$ 1,250 milhão mensal.
Ele já recebe esse salário há um ano e meio.
Em conta simples: ele já custou ao Flamengo nada menos do que R$ 22,5 milhões.
E a multa absurda de R$ 400 milhões caso alguém queira contratá-lo.
Não é por acaso que patrocinadores fogem do clube da Gávea.
E principalmente de projetos envolvendo Ronaldinho Gaúcho.
O projeto já se mostrou um fracasso.
Projeções apontam que hoje ele valeria pouco mais de R$ 6 milhões.
Isso pela fama, pelo passado.
Com a chegada de Marin na CBF, Mano não vai mais convocá-lo.
É uma determinação do presidente.
Uma ordem.
Não quer que ele 'contamine' o grupo de jovens atletas.
Marin ficou revoltado ao saber que ele tinha chances de ir para a Olimpíada.
Cortou qualquer possibilidade.
A notícia que chegou aparentemente alcoolizado à Gávea é mais um triste capítulo. Patricia Amorim não se preveniu e não há como dispensar o jogador sem pagar até o último dia do seu contrato.
Por isso vai fazer um contrato de risco com Adriano.
Compensar com ele tudo o que fez de errado com Ronaldinho.
Qualquer piscada, o ex-corintiano poderá ser dispensado sem receber um tostão.
Ele está avisado do seu contrato de risco.
Enquanto isso, o Flamengo vai sofrendo com Ronaldinho Gaúcho.
Poucas vezes na história um jogador prejudicou um clube de maneira tão clara.
E os dirigentes não reagem.
Não tem como reagir.
Muito pelo contrário.
Foram amarrados pela empolgação da contratação.
Patricia estava orgulhosa por vencer o leilão com Grêmio, Palmeiras e Corinthians.
E agora? Só resta esperar.
Assistir de camarote onde tudo isso vai terminar.
Os vexames se sucedem.
São cada vez piores.
A cada revelação fica mais fácil entender porque Joel Santana chora...
(*) Jornalista e comentarista esportivo
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