CONAB - (Companhia Nacional de Abastecimento)
A produção de grãos da safra 2011/2012 bate recorde e deve chegar a 165,9 milhões de toneladas ou o equivalente a 1,9% a mais que a obtida no período 2010/2011, quando atingiu 162,8 milhões de toneladas.
O resultado representa um crescimento de 3,1 milhões de toneladas.
A estimativa é do 11º levantamento, divulgado pela Conab no início de agosto.
O destaque para a grande produção é do milho segunda-safra, que teve condições favoráveis da cultura nas áreas de maior produção, com um aumento de 71,7% ou o equivalente a 16,10 milhões de toneladas sobre a última safra, alcançando 38,56 milhões de toneladas. No ano passado foram colhidas 22,46 milhões de toneladas.
Já a estimativa para as safras consolidadas (primeira e segunda safras) apresenta um crescimento de 26,8%, o que corresponde a 15,37 milhões de toneladas, totalizando 72,78 milhões de toneladas do cereal.
Por outro lado, houve grande queda da soja (- 8,9 milhões de t) e do arroz (- 2,01 milhões de t). A redução se deve mais às condições climáticas não favoráveis, principalmente nas fases de desenvolvimento das culturas, quando as mais prejudicadas foram as lavouras de milho e de soja nos estados da região Sul, parte do Sudeste e no sudoeste de Mato Grosso do Sul. A forte estiagem nos estados nordestinos que tiveram perda em todas as culturas também contribuíram para as perdas.
A produção da safra nordestina caiu 22 % em relação à safra passada, ou seja, 3,53 milhões de toneladas de produtos.
Área -
A estimativa total de área plantada é de 50,81 milhões de hectares, com um crescimento de 1,9% ou 935,8 mil hectares a mais que a da safra 2010/11, quando atingiu de 49,87 milhões de hectares.
O milho segunda safra teve um crescimento da área cultivada de 22,9% ou de 1,41 milhão de hectares.
Em seguida vem a soja, com aumento de 3,4% ou 822,1 mil hectares a mais.
Já as culturas de arroz e feijão apresentaram redução na área devido a problemas na comercialização, dificuldades climáticas na região Nordeste, falta de água nos reservatórios e aumento no custo de produção.
A pesquisa de campo utilizou 52 técnicos que ouviram representantes de instituições ligadas ao meio agrícola, destacando-se profissionais de cooperativas, secretarias de agricultura e órgãos oficiais e privados de assistência e extensão rural das principais zonas de produção, no período de 22 a 28 de julho.
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