Morre aos 82 anos Neil Armstrong, 1º homem a pisar na Lua
Folha de São Paulo
Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar a Lua, morreu ontem aos 82 anos num hospital em Columbus, Ohio (Estados Unidos). O astronauta estava internado desde o dia 7 de agosto, quando passara uma cirurgia para desobstruir artérias coronárias. Sua morte às 15h45 (hora de Brasília) ocorreu em razão de complicações surgidas na operação.
Armstrong foi o comandante da missão Apolo 11, que chegou a superfície da Lua em 20 de julho de 1969. Ao colocar os pés em solo lunar, cunhou a célebre frase: "É um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade".
Ele nasceu em 5 de agosto de 1930 em Wapakoneta, no Estado de Ohio, Estados Unidos.
Minutos após a família anunciar a morte em um comunicado público, a imprensa do país foi inundada por homenagens ao astronauta. Armstrong, que morava na periferia de Cincinnati, era um homem relativamente recluso e sempre aceitou com relutância o tratamento de celebridade que lhe era dado em todo lugar que ia.
"Além de ser um dos maiores exploradores da América, Neil possuía uma graça e uma humildade que era um exemplo para todos nós", afirmou ontem em Washington o astronauta Charles Bolden, administrador da Nasa, a agência espacial dos EUA. "Quando o presidente John Kennedy desafiou a nação a mandar um homem para a Lua [em 1961], Neil Armstrong aceitou sem reservas."
O comunicado emitido ontem pela família de Neil Armstrong não trazia nenhuma informação sobre velório e enterro do astronauta. "Tanto quanto ele prezava sua privacidade, ele sempre apreciava a expressão de boa vontade por pessoas de todo o mundo e de qualquer status", afirmava o documento. "Neil Armstrong era um herói americano relutante, que sempre acreditou estar apenas fazendo seu trabalho."
Edwin "Buzz" Aldrin, 82, companheiro de tripulação de Armstrong, disse que o considerava um grande "porta-voz" e um "líder" na defesa do programa espacial. "É, de fato, nós não poderemos mais estar juntos como tripulação no 50º aniversário [da Apolo 11], em 2019", disse Aldrin em depoimento à BBC. "Eu aguardava isso ansiosamente", afirmou o astronauta, que foi o segundo homem a pisar na Lua, após perder uma disputa interna na decisão de quem teria a glória de ser o primeiro.
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