Preços do tipo espantam turistas

Passei o domingo na nossa querida ilha de Alter do Chão.
Eu, Dani e as crianças.
Nada como curtir aquela paisagem, aquele vento e se refrescar em suas águas.
Fomos com a predisposição de prestigiar o santo da casa e não levamos nem um isopor com água. Fomos para comprar tudo na ilha. Fazer nossa refeição na ilha. "Nada de carregar peso" disse o sabichão rico aqui.
O custo x beneficio de fazer essa economia no carregamento do peso literalmente foi para o saco após pagar a conta da barraca.
Foi-me cobrado uma banda de tambaqui acompanhado de arroz frio e feijão gelado, o quentíssimo preço de R$ 50,00. Uma porção de fritas R$ 10,00 e uma porção de bolinho R$ 10,00.
Fecha-se os olhos, paga-se e vêm-se embora roendo a unha do dedão do pé de raiva, consciente que na próxima vinda com absoluta certeza o isopor será o primeiro passageiro a entrar no carro.
Agora por mais esforço que você queira ter, como é que esse povo quer atrair turistas literalmente enfiando a faca e torcendo para doer mais um pouco o bolso?  Tem gente que me escreve dizendo que uma das vocações de Santarém é o turismo. Com certeza não é esse turismo.
Um casal de turistas ao lado destacava afora os preços a ligeireza do atendimento ao estilo Tele-Sena, ou seja, de hora em hora alguém dá as caras na sua mesa para ver se precisa de alguma coisa.
Que nem diz o Datena, “Estão de brincadeira!!!”.
Poderia até se justificar um peixe inteiro, mas, apenas meia banda é o cúmulo do caradurismo de quem quer vender apenas uma vez. Pelo menos a mim com certeza foram 3 vezes: a primeira, a última e nunca mais que tal barraca me pega como consumidor, nem para água.
Alguém poderá dizer que também querer comer peixe na ilha com aquele visual é caro. Eu digo então que lugares tão visitados quanto em vários lugares desse Brasil, mesmo tendo algum visual e mordomia não se paga esse absurdo. Como aposentado e nada de pão-durismo lhes garanto.
Os ricos que quiserem fiquem a vontade.