terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Exportação óleo e farelo


Exportação de óleo de soja deve ser a menor em uma década

O Brasil deve ter na safra 2009/2010 a menor fatia do mercado mundial de óleo de soja em 10 anos. Segundo as projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o País deve embarcar apenas 1,5 milhão de toneladas da commodity, o que corresponde a apenas 15,8% do movimento global. 
É o pior resultado desde a safra 1999/2000, quando o País respondeu por 15,3% das exportações mundiais.

O Brasil já foi o maior exportador mundial de óleo de soja, mas a indústria perdeu competitividade em relação à Argentina após a aprovação da Lei Kandir, em 1996. 
Antes, o setor pagava 13% de ICMS sobre a exportação de soja em grão e cerca de 10% sobre os embarques de farelo e óleo.
Sob a nova legislação, a alíquota fo i reduzida a zero, mas, na prática, apenas as exportações do grão foram beneficiadas. 

As esmagadoras que precisam adquirir soja em outros estados continuam a pagar ICMS na compra da matéria-prima, acumulando créditos tributários, difíceis de reaver, sobre a exportação do produto final. "O processamento da soja ainda é tributado como uma operação doméstica, e não como uma etapa do processo de exportação", reclama Fábio Trigueirinho, secretário executivo da Abiove. "Isso tem obrigado as indústrias a migrar para o centro-oeste e investir em unidades menores, que possam ser abastecidas apenas com o grão produzido na região."Com o desestímulo à exportação do produto processado, o Brasil viu a Argentina abocanhar seu mercado. 

Na temporada 1995/96, os dois países di vidiam a liderança nas exportações globais de óleo de soja, com cerca de 30% cada. Já no final daquela década, a participação da Argentina subiu para 41%, enquanto a do Brasil caiu pela metade. Na safra 2009/10, os argentinos devem ficar com 55% do mercado.A diferença de desempenho fica evidente também quando se comparam os volumes.
No ano que vem, os argentinos devem embarcar 5,22 milhões de toneladas de óleo de soja, volume 226% maior do que o registrado em 1996. Já a exportação brasileira deve ser 6% menor do que as 1,6 milhão de toneladas embarcadas naquele ano.

O Brasil também perdeu grande parte de sua participação no mercado de farelo. 
Há 13 anos, o País exportava 11,9 milhões de toneladas da commodity, ou 35,3% das vendas globais, enquanto a Argentina exportava 8,22 milhões de toneladas, o que corres pondia a 24,3% do mercado. De lá para cá, as exportações argentinas mais que triplicaram.

Nota do Blog - Depois questionam porque o Brasil exporta somente a materia prima.
Sem estarem a par dos acontecimentos acusam as empresas por entenderem que elas é que decidem o que deva exportar e optam pela matéria prima. Lêdo engano. 
Pelas empresas certamente se houvesse competitividade a opção maior seria o industrializado. O vilão como sempre é govêrno e suas politica fiscal abocanhando o ICms na aquisição do produto e mesmo isentando na saida faz com que as empresas carreguem em seus livros um montante absurdamente grande de Icms sem utiilidade.
Apenas custo. 
Em consequência os números da exportação da matéria prima bate recordes e o do industrializado a cada ano fica mais pífios e as indústrias diminuindo seus parques.

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