Dannie Oliveira (*)
Ela via filmes e lia livros eróticos. Por mais que a sociedade julgasse esse parâmetro de comportamento, porque uma mulher jamais poderia fazer esse tipo de coisa, esse era um daqueles traços que a tornava marcante e que eu admirava nela. Essa liberdade de poder fazer o que bem quer. E quando algum conservador vinha questionar esse seu jeito de ver o mundo ela sorria e gentilmente o mandava tomar no c%. Eu sei que não é uma coisa muito bonita de se dizer, mas ela tinha uma carinha, usava um tom tão suave e meigo que até dizendo um xingamento ou algo tão feio ela conseguia ser a mais delicada das mulheres.
Eu adorava nossos momentos únicos, como quando ficávamos deitados no carpete da sala dela olhando para o teto ouvindo a seleção das músicas mais antigas do U2, eu dando uns ‘pegas’ no baseado e ela tomando um gole daquela bebida com pouco álcool. Tardes em que falávamos da vida, das ‘marcadas’ de outrora, das viagens futuras sem saber se amanhã ainda estaríamos juntos. Era sempre especial estar do lado dela, eu uso essa palavra porque não dá pra definir o que a sua companhia significava pra mim.
Ela sabia ser marcante mesmo vestida com a minha camiseta cinza, cabelo desgrenhado e uma cara de sono, ao me surpreender as 04h00 da manhã escrevendo um novo texto sobre ela para meu novo livro ou algum pensamento qualquer. Inevitavelmente essas surpresas sorrateiras sempre acabavam em uns ‘amassos’ na mesa do computador, que seguiam para uma louca transa, com direito a realização de todas as nossas fantasias. Ela era sexy, não precisava ter um padrão de mulher volupiosa, os seus pequenos seios, aquela boca delicada eram suficientes para me enlouquecer e me provocar tirando minha concentração quando ela inesperadamente me mandava uma foto nua, bem no meio do expediente de trabalho.
Ela conseguia ser a criatura mais sensível do mundo, e às vezes quando a via chorar durante um filme com cachorrinho perdido, eu me perguntava se aquela mulher que vivia desafiando o mundo era a mesma pessoa ao meu lado deitada no sofá. E por mais que nossa relação fosse a mais louca e intensa eu sabia que deveria viver cada dia como se fosse o último. Eu sabia que cada vez que ela se entregava deixando que percorresse seu corpo todo com a língua, dos dedos dos pés a sua boca, que aquele momento era só meu. Que aquele olhar marcante era todo meu e certamente jamais existiria para nenhum outro homem. E no final de tudo eu sabia que todo amor dura o tempo suficiente para nos fazer feliz.
(*) Jornalista e Diretora de Jornalismo na empresa Vox Green s/A em Santarém (PA)
Ela via filmes e lia livros eróticos. Por mais que a sociedade julgasse esse parâmetro de comportamento, porque uma mulher jamais poderia fazer esse tipo de coisa, esse era um daqueles traços que a tornava marcante e que eu admirava nela. Essa liberdade de poder fazer o que bem quer. E quando algum conservador vinha questionar esse seu jeito de ver o mundo ela sorria e gentilmente o mandava tomar no c%. Eu sei que não é uma coisa muito bonita de se dizer, mas ela tinha uma carinha, usava um tom tão suave e meigo que até dizendo um xingamento ou algo tão feio ela conseguia ser a mais delicada das mulheres.
Eu adorava nossos momentos únicos, como quando ficávamos deitados no carpete da sala dela olhando para o teto ouvindo a seleção das músicas mais antigas do U2, eu dando uns ‘pegas’ no baseado e ela tomando um gole daquela bebida com pouco álcool. Tardes em que falávamos da vida, das ‘marcadas’ de outrora, das viagens futuras sem saber se amanhã ainda estaríamos juntos. Era sempre especial estar do lado dela, eu uso essa palavra porque não dá pra definir o que a sua companhia significava pra mim.
Ela sabia ser marcante mesmo vestida com a minha camiseta cinza, cabelo desgrenhado e uma cara de sono, ao me surpreender as 04h00 da manhã escrevendo um novo texto sobre ela para meu novo livro ou algum pensamento qualquer. Inevitavelmente essas surpresas sorrateiras sempre acabavam em uns ‘amassos’ na mesa do computador, que seguiam para uma louca transa, com direito a realização de todas as nossas fantasias. Ela era sexy, não precisava ter um padrão de mulher volupiosa, os seus pequenos seios, aquela boca delicada eram suficientes para me enlouquecer e me provocar tirando minha concentração quando ela inesperadamente me mandava uma foto nua, bem no meio do expediente de trabalho.
Ela conseguia ser a criatura mais sensível do mundo, e às vezes quando a via chorar durante um filme com cachorrinho perdido, eu me perguntava se aquela mulher que vivia desafiando o mundo era a mesma pessoa ao meu lado deitada no sofá. E por mais que nossa relação fosse a mais louca e intensa eu sabia que deveria viver cada dia como se fosse o último. Eu sabia que cada vez que ela se entregava deixando que percorresse seu corpo todo com a língua, dos dedos dos pés a sua boca, que aquele momento era só meu. Que aquele olhar marcante era todo meu e certamente jamais existiria para nenhum outro homem. E no final de tudo eu sabia que todo amor dura o tempo suficiente para nos fazer feliz.
(*) Jornalista e Diretora de Jornalismo na empresa Vox Green s/A em Santarém (PA)
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