Membro do COI critica preparação do Rio e já fala em plano B para sedes
UOL
O italiano Ricci Bitti, membro do Comitê Olímpico Internacional, fez uma série de críticas à preparação do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016.
Em entrevista à agência Associated Press, Bitti afirmou que a entidade, inclusive, já considera a possibilidade de alternativas para sedes esportivas da Olimpíada do Rio.
O dirigente faz parte do comitê do COI para os Jogos de 2016 – que fez sua última visita ao Rio há duas semanas – e é presidente da Associação de Esportes Olímpicos de Verão, entidade que engloba todas as 28 modalidades presentes na Olimpíada carioca.
"Podemos ser flexíveis na questão da infraestrutura, mas não com relação às sedes esportivas, e algumas delas estão em risco. Até para aquelas que não se consideram em risco, não vemos uma noção de urgência. Temos que sentar e começar a procurar planos B", afirmou.
Bitti disse que o problema não está no comitê organizador em si, e sim no poder público. "Temos um comitê organizador com boas pessoas, mas sem o poder necessário para lidar com o problema. Estamos assustados. Não é um país como a China, onde você pode pedir às pessoas que trabalhem durante a noite. No Brasil, não é possível. O governo precisa mudar a velocidade", afirmou.
"Temos que agir agora, porque se esperarmos mais seis meses – como parece ser o caso, olhando pela inatividade do governo –, acho que pode ficar muito sério. O comitê organizador está fazendo seu melhor, mas o governo não está apoiando. Não podemos esperar sempre que, no final, tudo estará resolvido. São os hábitos e o estilo dos sul-americanos, que não estão acostumados a sediar grandes eventos como esse."
Bitti ainda afirmou que os problemas na demora na preparação do Rio para a Olimpíada são diferentes daqueles relacionados à Copa do Mundo. "No fim, a Copa é um estádio, um hotel, em várias cidades. O Rio tem vários problemas", apontou.
Segundo a Associated Press, os problemas relacionados à Olimpíada dominaram as discussões na assembleia geral da Associação de Esportes Olímpicos de Verão, que está sendo realizada em uma convenção esportiva na Turquia. Nos próximos dois dias, a diretoria do COI se reunirá no local para discutir o assunto.
De acordo com a agência, Agberto Guimarães, diretor executivo de Esportes e Integração Paraolímpica, respondeu aos membros do COI em nome do comitê organizador, na Turquia. "Ainda acho que podemos resolver isso e sediar grandes Jogos. No momento que não [pensar dessa maneira], renunciarei. Por favor, me ajudem a sair disso vivo e bem", foi o relato de Guimarães, segundo a Associated Press.
Cristophe Dubi, diretor executivo do COI para os Jogos, disse que a entidade enviará grupos de trabalho especialmente para monitorar a situação no Rio.
O primeiro grupo seria composto por especialistas em construção.
As maiores preocupações em relação à Olimpíada no Rio estão relacionadas às obras do complexo de Deodoro, que receberá oito esportes, campo de golfe, Estádio Olímpico (Engenhão) e Parque Olímpico – os dois últimos tiveram problemas com greves de trabalhadores nos últimos dias.
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O italiano Ricci Bitti, membro do Comitê Olímpico Internacional, fez uma série de críticas à preparação do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016.
Em entrevista à agência Associated Press, Bitti afirmou que a entidade, inclusive, já considera a possibilidade de alternativas para sedes esportivas da Olimpíada do Rio.
O dirigente faz parte do comitê do COI para os Jogos de 2016 – que fez sua última visita ao Rio há duas semanas – e é presidente da Associação de Esportes Olímpicos de Verão, entidade que engloba todas as 28 modalidades presentes na Olimpíada carioca.
"Podemos ser flexíveis na questão da infraestrutura, mas não com relação às sedes esportivas, e algumas delas estão em risco. Até para aquelas que não se consideram em risco, não vemos uma noção de urgência. Temos que sentar e começar a procurar planos B", afirmou.
Bitti disse que o problema não está no comitê organizador em si, e sim no poder público. "Temos um comitê organizador com boas pessoas, mas sem o poder necessário para lidar com o problema. Estamos assustados. Não é um país como a China, onde você pode pedir às pessoas que trabalhem durante a noite. No Brasil, não é possível. O governo precisa mudar a velocidade", afirmou.
"Temos que agir agora, porque se esperarmos mais seis meses – como parece ser o caso, olhando pela inatividade do governo –, acho que pode ficar muito sério. O comitê organizador está fazendo seu melhor, mas o governo não está apoiando. Não podemos esperar sempre que, no final, tudo estará resolvido. São os hábitos e o estilo dos sul-americanos, que não estão acostumados a sediar grandes eventos como esse."
Bitti ainda afirmou que os problemas na demora na preparação do Rio para a Olimpíada são diferentes daqueles relacionados à Copa do Mundo. "No fim, a Copa é um estádio, um hotel, em várias cidades. O Rio tem vários problemas", apontou.
Segundo a Associated Press, os problemas relacionados à Olimpíada dominaram as discussões na assembleia geral da Associação de Esportes Olímpicos de Verão, que está sendo realizada em uma convenção esportiva na Turquia. Nos próximos dois dias, a diretoria do COI se reunirá no local para discutir o assunto.
De acordo com a agência, Agberto Guimarães, diretor executivo de Esportes e Integração Paraolímpica, respondeu aos membros do COI em nome do comitê organizador, na Turquia. "Ainda acho que podemos resolver isso e sediar grandes Jogos. No momento que não [pensar dessa maneira], renunciarei. Por favor, me ajudem a sair disso vivo e bem", foi o relato de Guimarães, segundo a Associated Press.
Cristophe Dubi, diretor executivo do COI para os Jogos, disse que a entidade enviará grupos de trabalho especialmente para monitorar a situação no Rio.
O primeiro grupo seria composto por especialistas em construção.
As maiores preocupações em relação à Olimpíada no Rio estão relacionadas às obras do complexo de Deodoro, que receberá oito esportes, campo de golfe, Estádio Olímpico (Engenhão) e Parque Olímpico – os dois últimos tiveram problemas com greves de trabalhadores nos últimos dias.
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