Alexandre Garcia (*)
Nunca antes na História deste país o brasileiro esteve tão endividado. Só para os bancos, os brasileiros estão devendo 1 trilhão e 215 bilhões de reais. Isso no mês das compras de Natal e no mês do 13º salário. Aliás, a soma das dívidas com os bancos é oito vezes o montante que os brasileiros vão receber como 13º. São dados do Banco Central. Os juros são altíssimos. O do cheque especial é de 149% ao ano - quer dizer, duas vezes e meia o valor da dívida. Quem tirou mil reais fica devendo 2.500 ao fim de um ano.
A dívida do crédito rotativo pelo cartão, segundo o Banco Central, tem o astronômico juro de 194% ao ano. Ou seja, ao fim de um ano, a dívida quase triplica. Mil reais se convertem em 2.940,00. No empréstimo pessoal, o juro é de 45% ao ano, em média. Tirou mil, devolve 1.450. O financiamento bancário para comprar automóvel é o menos exorbitante: 21,7% ao ano, em média. É para o governo estimular a indústria automobilística, além da redução do IPI. Nos últimos 10 anos, a frota de veículos subiu de 35 milhões para 80 milhões, mas os veículos não têm como circular livremente nem dispõem de área para estacionar. O caos no trânsito desestimula as pessoas a sair de casa.
E o governo estimula as pessoas a se endividar. Quando era presidente, Lula apelava aos brasileiros para que continuassem comprando. O Brasil teve crescimento com base no consumo, mas agora a capacidade de comprar está se esgotando. Os bancos oficiais oferecem crédito. Fazem propaganda como se o crédito fosse uma mercadoria essencial, como se vê na publicidade do Banco do Brasil, do BNDES e da Caixa Econômica. A Caixa chega a fazer propaganda de uma contravenção: o jogo de azar - e estimula as pessoas a contraírem o vício do jogo.
Enquanto isso, o governo finge não ter entendido a mensagem do referendo sobre desarmamento, em que dois em cada três eleitores foi contrário à proibição do comércio de armas. No país sem segurança, as pessoas precisam exercer seu direito de defesa. Nos Estados Unidos, onde toda família tem arma em casa, ninguém invade residência e os homicídios são 15 mil por ano, em 300 milhões de habitantes. Aqui, com as restrições às armas, os bandidos ficam à vontade e há 50 mil homicídios em 200 milhões de habitantes. Querem que sejamos cidadãos desarmados e endividados. Será que assim enfraquecidos seremos mesmo cidadãos ou cordeirinhos?
(*) Jornalista sediado em Brasília
Nunca antes na História deste país o brasileiro esteve tão endividado. Só para os bancos, os brasileiros estão devendo 1 trilhão e 215 bilhões de reais. Isso no mês das compras de Natal e no mês do 13º salário. Aliás, a soma das dívidas com os bancos é oito vezes o montante que os brasileiros vão receber como 13º. São dados do Banco Central. Os juros são altíssimos. O do cheque especial é de 149% ao ano - quer dizer, duas vezes e meia o valor da dívida. Quem tirou mil reais fica devendo 2.500 ao fim de um ano.
A dívida do crédito rotativo pelo cartão, segundo o Banco Central, tem o astronômico juro de 194% ao ano. Ou seja, ao fim de um ano, a dívida quase triplica. Mil reais se convertem em 2.940,00. No empréstimo pessoal, o juro é de 45% ao ano, em média. Tirou mil, devolve 1.450. O financiamento bancário para comprar automóvel é o menos exorbitante: 21,7% ao ano, em média. É para o governo estimular a indústria automobilística, além da redução do IPI. Nos últimos 10 anos, a frota de veículos subiu de 35 milhões para 80 milhões, mas os veículos não têm como circular livremente nem dispõem de área para estacionar. O caos no trânsito desestimula as pessoas a sair de casa.
E o governo estimula as pessoas a se endividar. Quando era presidente, Lula apelava aos brasileiros para que continuassem comprando. O Brasil teve crescimento com base no consumo, mas agora a capacidade de comprar está se esgotando. Os bancos oficiais oferecem crédito. Fazem propaganda como se o crédito fosse uma mercadoria essencial, como se vê na publicidade do Banco do Brasil, do BNDES e da Caixa Econômica. A Caixa chega a fazer propaganda de uma contravenção: o jogo de azar - e estimula as pessoas a contraírem o vício do jogo.
Enquanto isso, o governo finge não ter entendido a mensagem do referendo sobre desarmamento, em que dois em cada três eleitores foi contrário à proibição do comércio de armas. No país sem segurança, as pessoas precisam exercer seu direito de defesa. Nos Estados Unidos, onde toda família tem arma em casa, ninguém invade residência e os homicídios são 15 mil por ano, em 300 milhões de habitantes. Aqui, com as restrições às armas, os bandidos ficam à vontade e há 50 mil homicídios em 200 milhões de habitantes. Querem que sejamos cidadãos desarmados e endividados. Será que assim enfraquecidos seremos mesmo cidadãos ou cordeirinhos?
(*) Jornalista sediado em Brasília
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