quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Blog do Josias


De passagem pelo Recife, escala de sua viagem a Londres, Lula discursou num congresso de profissionais de saúde.
Revolveu um velho tema: o sepultamento da CPMF. O Senado mandou o tributo à cova em 2007. Mas Lula ainda traz a derrota atravessada na traquéia.
Disse que a oposição, "em vez de garantir R$ 40 bilhões por ano para a saúde”, preferiu “prejudicar o Lula”. Poliu o discurso que será levado aos palanques de 2010:

“Eles não prejudicaram o Lula, prejudicaram milhões de brasileiros que não tem dinheiro para pagar um plano médico".
Integrante da comitiva presidencial, a ministra-candidata Dilma Rousseff apenas ouviu o chefe. Não discursou.
No dizer de Lula, Saúde de qualidade exige dinheiro. Disse que o país está longe de atender condignamente os pobres.

Expressnado-se em lulês, afirmou que conhece os dois lados do problema: “Eu sei o que é esperar sentado, com a bunda num banco de um balcão de hospital...”
“...Três horas, quatro horas ou cinco horas. E, às vez, depois que a gente tá lá, diz ó: o médico num tá!...”
“...Eu sei o que é isso. E sei o lado do atendimento vip que tem um presidente da República”.

A despeito das distorções, fez enfática defesa do SUS. Mencionou o drama vivido por Barack Obama, que tenta reformar o sistema de saúde dos EUA.
“Lá tem 50 milhões de pobres que não tem direito a nada. Ah, se tivesse um SUS nos EUA... Como seria bom pros pobres...”
“...Eu, na próxima conversa que tiver com o Obama vou falar: Obama, faça um SUS. Custa mais barato, é de qualidade e é universal”.

Mais barato? Talvez. De qualidade? A "bunda" do presidente sabe que não. Universal? Só no papel.

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